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A procuradoria pede que o pai de Neymar deponha como testemunha

O ministério público adia a decisão sobre Bartolomeu e Faus para depois da declaração de Rosell

Fernando J. Pérez
Neymar com seu pai em uma imagem do seu Instagram.
Neymar com seu pai em uma imagem do seu Instagram.

A Procuradoria da Audiência Nacional da Espanha solicitou ao juiz Pablo Ruz, que investiga o caso de suspeita de fraude fiscal de mais de 9 milhões de euros (aproximadamente 27 milhões de reais) do Barcelona FC na contratação de Neymar, a convocação do pai do atacante brasileiro como testemunha. A promotoria solicita que o pai, Neymar da Silva Santos, apresente as faturas do ano de 2013 correspondentes ao recebimento de uma comissão de 5% sobre as rendas fixas e variáveis do jogador e da "N&N Administração de Bens, Participações e Investimentos Ltda", sociedade que detém os seus direitos federativos. Esses documentos derivam do contrato de representação e gestão do jogador, assinado em Barcelona no dia 3 de junho de 2013.

A procuradoria adia qualquer possível ação sobre o atual presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu, e seu vice-presidente econômico Javier Faus, como havia sugerido o juiz Ruz em uma resolução de 3 de junho. O ministério público considera procedente aguardar o resultado do depoimento do ex-presidente do Barcelona FC Sandro Rosell, agendada para 22 de julho, antes de pedir o julgamento de seus sucessores, que também assinaram os contratos supostamente fraudulentos com o jogador.

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No texto, divulgado terça-feira, a promotoria pede ao juiz que exija do clube a indicação de quem eram os seus "administradores de fato e de direito" entre 2011 e 2013, quando se forjou a contratação de Neymar. Além disso, solicita uma cópia dos estatutos em vigor naquele período e da ata da Assembleia Geral de outubro de 2013, na qual os dirigentes do Barça apresentaram uma informação supostamente falsa das condições de contratação do jogador.

A promotoria quer, ainda, que Ruz designe um perito auditor para produzir um relatório sobre as contas do clube nos anos em que foram negociados e firmados os contratos que vinculam o jogador ao clube. O perito deverá certificar se os pagamentos ao jogador foram incluídos nas contas ou se, não o fazendo, implicaram em prejuízo financeiro para a entidade.

O clube, indiciado como pessoa jurídica por fraude fiscal, gastou 290 milhões de reais na contratação do jogador, mas fez passar por contratos de marketing, trabalho social e acordos de colaboração com o Santos - clube de origem de Neymar - o que na verdade eram contratos de trabalho no valor total de 9 milhões, gerando suspeita de fraude fiscal.

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