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A Pemex se desliga da Repsol com a venda de 7,86% da petroleira espanhola

O movimento da companhia mexicana ocorre depois de seu confronto com o presidente da empresa europeia, Antoni Brufau

Miguel Ángel Noceda

A Pemex vai se desligar da Repsol pondo fim ao confronto com o presidente da empresa espanhola, Antoni Brufau. A petroleira mexicana pôs à venda 7,86 % do capital da Repsol, um pacote avaliado em 2,171 bilhões de euros através de uma colocação privada com investidores qualificados, segundo comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) .

A colocação, realizada pelo Citigroup Global Markets Limited e pelo Deutsche Bank em nome da Petroleos Mexicanos (Pemex) e da PMI Holdings BV, conta com um pacote de 104.057.057 ações, ou 7,86 % do capital. No final de 2013, a empresa norte-americana tinha 9,34 % de participação na empresa espanhola.

A saída da empresa mexicana da participação acionária era esperada. De fato, há poucos dias, o ministro das Finanças do México, Luis Videgaray, disse que a eventual venda da participação “não seria uma má decisão”. O ministro argumentou que a venda poderia permitir “trazer o capital e investir em oportunidades que a Pemex terá no México”.

Em 2011, a Pemex se uniu à Sacyr (então acionista majoritária da petroleira espanhola, presidida por Luis del Rivero) para exigir mudanças na diretoria. A aliança com a construtora acabou no início de 2012 e ambas as petroleiras selaram um pacto industrial de 10 anos.

No entanto, a disputa não cessou. O último episódio ocorreu na assembleia de acionistas em março, quando a Repsol aprovou sua blindagem (a alteração no estatuto para fixar em 75% os votos necessários para qualquer mudança importante). A Pemex foi a única a votar contra. Essa alteração limitava movimentos como a segregação de negócios criada no conselho por sugestão da Pemex.

Antes disso, não faltavam ataques. Em 2013, o diretor-geral da Pemex, Emilio Lozoya, culpou a gestão Brufau pelo que considerava um fraco desempenho da empresa espanhola no mercado de ações e criticou a “alta” remuneração do grupo.

A Pemex foi até agora o segundo maior acionista da Repsol, atrás apenas do CaixaBank (11,83%), e à frente da Sacyr (9,23%), da investidora Singapore Tesamek (6,26%) e da norte-americana Blackrock (3%).

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