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O FMI aprova um plano de ajuda à Ucrânia de 17 bilhões de dólares

O pacote de medidas, de dois anos de duração, pretende ajudar a estabilizar a débil economia ucraniana

Washington -
Christine Lagarde durante o anúncio do FMI.
Christine Lagarde durante o anúncio do FMI.M. REYNOLDS (EFE)

A Direção Executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou hoje formalmente um programa de assistência financeira à Ucrânia, de dois anos de duração, no valor de 17 bilhões de dólares (38 bilhões de reais). Com esta decisão, dá luz verde ao primeiro desembolso de 3,2 bilhões de dólares para Kiev (7,1 bilhões de reais), dos quais 2 bilhões (4,4 bilhões de reais) serão para apoio orçamentário, com o objetivo de ajudar a estabilizar a desfeita economia ucraniana.

O Fundo também indicou que a segunda e terceira parcelas do auxílio financeiro serão pagas depois de cada uma das revisões, a cada dois meses, da implementação das reformas exigidas pela instituição financeira internacional.

"Este programa econômico tem por objetivo restaurar a estabilidade macroeconômica, fortalecer a governabilidade econômica e a transparência, e promover um crescimento sadio e sustentável, que proteja os mais vulneráveis", afirmou o FMI em um sucinto comunicado.

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Entre as reformas exigidas pela instituição dirigida por Christine Lagarde estão o aumento dos preços da energia e dos impostos.

O plano de ajuda, aprovado sob o fundo de acesso excepcional do FMI, surge depois do pedido realizado pelas novas autoridades de Kiev, em março passado, depois da saída do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich.

Com este anúncio, tenta-se evitar a falência do país e oferecer um respiro à frágil situação na Ucrânia, onde os confrontos internos entre pró-russos e pró-ocidentais e a anexação da Crimeia pela Rússia ameaçam a estabilidade geopolítica na região.

O FMI prevê que a economia da Ucrânia se contraia neste ano em torno a 5 %, mas espera que se recupere a partir de 2015. Os precedentes, no entanto, não jogam a favor de Kiev. As duas tentativas prévias de pacotes de ajuda financeira, em 2008 e 2010, descarrilharam pela incapacidade das autoridades ucranianas de colocar em prática as reformas requeridas.

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