_
_
_
_
_
DESVALORIZAÇÃO DO PESO

Os argentinos poderão comprar até 2.000 dólares por mês

O Governo habilita uma página de Internet com um formulário de acesso às divisas A aquisição de moeda terá adicional de 20% se não for poupado por um ano

Francisco Peregil
O Banco Central da Argentina na sexta-feira passa/passada.
O Banco Central da Argentina na sexta-feira passa/passada.REUTERS

Desde a manhã de hoje já está disponível na Argentina no site na internet da Administração Federal de Rendimentos Públicos (Afip) o formulário para comprar dólares no câmbio oficial (na atualidade, oito pesos por dólar), bem mais barato que o câmbio paralelo, em torno dos 12 pesos (6 reais) por divisa.

O chefe de Gabinete, Jorge Capitanich, anunciou junto ao diretor da Afip, Ricardo Echegaray, que o limite máximo será de 2.000 dólares por pessoa física. A moeda poderá ser retirada no banco 72 horas após o formulário ser preenchido. A operação terá um custo adicional de 20% do dinheiro que se tenha comprado. Agora: quem depositar esses dólares durante um mínimo de um ano em uma poupança ou em um depósito fixo bancário, não terá de pagar 20% adicionais. E se os dólares foram removidos antes de cumpri um ano, o poupador deverá pagar esse 20%. "É um sistema automático, transparente e com fórmula publicada no site do organismo”, disse o chefe da agência de arrecadação de impostos da Argentina, Ricardo Echegaray.

Mais informações
O Banco Central volta a vender dólares
Exportações brasileiras serão afetadas com crise na Argentina

Capitanich afirmou que terão direito à compra os trabalhadores e pequenos empresários que ganhem o equivalente a dois salários mínimos por mês, ou seja, 7.200 pesos (900 dólares no câmbio oficial). Os contribuintes só poderão destinar à compra de divisas até 20% de seus rendimentos habituais. Portanto, só poderão adquirir os 2.000 dólares mensais quem tiver um salário de 80.000 pesos mensais (10.000 dólares).

Quanto a pagamento adicional de 35% que se vinha aplicando aos turistas que comprassem divisas para sair ao exterior ou fizessem compra no estrangeiro com seus cartões de crédito, seguirá como está. A carga tributária não se reduzirá aos 20% tal como anunciou o mesmo Capitanich na última sexta-feira.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_