A noite em que Lionel Messi voltou a encantar os argentinos
Craque retorna ao Monumental e conduz a Argentina a uma vitória que a deixa perto da Copa
Edgardo "Patón" Bauza viveu um momento incômodo durante a entrevista coletiva de quarta-feira. Um jornalista uruguaio perguntou ao treinador: “Qual é o Messi que veremos: o que joga muito pelo Barcelona ou o que com você rende muito menos na Argentina?”. Surpreendido pela pergunta, o treinador só conseguiu responder que “quem diz isso é você. Para mim Messi jamais rendeu pouco, mas se você acha que sim tudo bem. Para mim ele jogou muito bem em todas as partidas”. A ironia do colega serviu para quebrar o gelo e, também, para dizer algo que muitos não se atrevem a afirmar, mas que a cada vez que Messi joga pela seleção, ressoa na opinião pública. Os questionamentos sofridos pelo camisa 10 estão diretamente relacionados com o espírito de resultados do torcedor argentino, muitos dos quais estão cansados de vê-lo erguer troféus pelo Barcelona e nenhum pela Albiceleste.
Na rodada anterior das eliminatórias a seleção argentina teve um resultado positivo e um negativo. Derrota por goleada contra o Brasil no Mineirão por 3x0 e vitória pelo mesmo placar contra a Colômbia em San Juan, aí sim, com grande atuação de Messi, que marcou um gol e deu o passe para os outros dois. Mas uma briga com a imprensa por uma denúncia contra seu amigo Ezequiel Lavezzi, acusado de fumar maconha na concentração, deixou o capitão argentino de mau humor. O aborrecimento de Messi se somou ao de uma torcida ansiosa por ver a seleção na Copa da Rússia o quanto antes e o resultado foi um veto à imprensa que deixou os jogadores ainda mais afastados dos fãs.
O craque argentino e seus companheiros, entretanto, receberam o carinho da torcida a partir do momento em que entraram no gramado do Monumental de Nuñez para enfrentar o Chile. A situação assim o exigia: a Argentina deveria ganhar de qualquer jeito para deixar a vaga de repescagem e chegar ao quarto lugar, que estava justamente nas mãos da Roja. Messi devolveu o apoio com esforço, ótimos passes e o que melhor sabe fazer: o gol. A única comemoração da partida aconteceu aos 15 minutos do primeiro tempo, após um pênalti um pouco duvidoso em Di María que Messi converteu em gol. Desde o começo os gritos de “Meeeeessi, Meeeeessi” eram ouvidos nas arquibancadas, e nunca terminaram. E se tornaram ainda mais intensos quando o camisa 10 pediu a bola, marcou e correu durante os 90 minutos para segurar um resultado que esteve em perigo durante todo o segundo tempo, em grande parte pela excelente atuação de um ex-companheiro de equipe seu, Alexis Sánchez. Dessa vez, o capitão argentino demonstrou algo mais do que talento com a bola, até mesmo com alguns xingamentos para orientar seu time, desses que a torcida argentina adora. A mesma que além de gols lhe pede garra.
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