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Acionistas exigem 29,7 bilhões de reais da Volkswagen pelo escândalo das emissões

Empresa enfrenta 1.400 processos na Justiça alemã

Luis Doncel
Logotipo da Volkswagen e seu slogan na Feira do Automóvel de Frankfurt.
Logotipo da Volkswagen e seu slogan na Feira do Automóvel de Frankfurt.EFE

A Volkswagen enfrenta 1.400 ações judiciais de acionistas que reivindicam um total de 8,2 bilhões de euros (29,7 bilhões de reais) em compensações pelo escândalo da fraude das emissões de poluentes dos seus veículos, informou nesta quarta-feira um tribunal da cidade alemã de Braunschweig. A maior parte dos pleitos provém de investidores privados, mas também há ações movidas por grandes acionistas institucionais, por Estados alemães e pelo Governo dos EUA.

Entre eles se encontram o maior gestor de ativos do mundo, a norte-americana Blackrock, e os Estados federados alemães da Baviera, Baden Württemberg e Hesse, que solicitam indenizações que variam de 700.000 a quatro milhões de euros (2,5 a 14,5 bilhões de reais).

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Entre 2008 e 2015, o grupo Volkswagen instalou em seus veículos um software que burlava os testes de emissões de poluentes, mantendo os veículos abaixo dos limites tolerados.

O sistema era capaz de detectar quando o veículo era submetido a um teste oficial de emissões. O dispositivo era acionado nesse momento e fazia um controle completo das emissões de fumaça, mas ficava desligado em condições normais de circulação. Assim, os veículos chegavam a emitir óxidos de nitrogênio (NOx) em concentrações até 40 vezes superiores à permitida nos Estados Unidos.

Nos últimos 12 meses, a empresa se viu obrigada a substituir o seu presidente, perdeu mais de 25 bilhões de euros (90,7 bilhões de reais) do seu valor em Bolsa, registrou os maiores prejuízos da sua história e pagou indenizações milionárias.

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