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STF confirma por unanimidade afastamento de Cunha

Plenário da Corte vota por manter liminar de Zavascki, que determinou o afastamento de Cunha

Deputados opositores de Cunha ocupam a Mesa Diretora da Câmara em comemoração à decisão do STF.
Deputados opositores de Cunha ocupam a Mesa Diretora da Câmara em comemoração à decisão do STF.ADRIANO MACHADO (REUTERS)
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Eduardo Cunha foi afastado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) do seu cargo de deputado federal e, por consequência, da presidência da Câmara por decisão liminar tomada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato. O plenário do Supremo avalia se mantém a decisão de Zavascki, mas maioria já votou pelo afastamento. Zavascki atendeu a um pedido feito em dezembro pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Medida foi elogiada por Dilma Rousseff: "Antes tarde do que nunca", disse. Peemedebista descarta renunciar ao mandato.

Veja como foi a cobertura completa e todas as notícias sobre afastamento de Eduardo Cunha pelo STF:

"Não há possibilidade de eu renunciar. Não renuncio a nada. E vou recorrer e espero ter sucesso no meu recurso", afirma Cunha ao encerrar a coletiva de imprensa.
"Esse julgamento, assodado, que virou urgente porque entraram com uma ação, coisa muito estranha. Entraram com uma ADF na terça-feira. O relator não estava sequer preparado para o voto", afirma Cunha.
"Uma liminar 6 meses depois já não é urgente", questiona.
"Todas essas coisas são muito estranhas e o tempo vai resolvê-lo ", afirma Cunha.
"Duvido que os outros 10 ministros tenham lido no detalhe o contraditório. Não houve essa possibilidade", diz Cunha.
Cunha nega ter feito intervenção no conselho de ética da casa.
Também contestou a frase da presidenta, que mais cedo afirmou sobre a saída dele "antes tarde do que nunca". "Vamos dizer o mesmo na quarta-feira"
Cunha afirma que houve retaliação por ele ter aceitado o pedido de abertura de impeachment.
"Se for da vontade de Deus teremos o afastamento da presidente da República", diz Cunha.
"O próprio voto do Teori ele diz que não há previsão constitucional", diz Cunha. Ele argumenta que o próprio senador Delcídio do Amaral teve a prisão decretada, mas não teve o exercício do mandato suspenso.
"Estranhamente ela é votada depois que o impeachment foi votado", questiona Cunha.
"Obviamente vou recorrer", diz Cunha.
"Respeitamos a Suprema Corte e a decisão deve ser cumprida", afirma Eduardo Cunha em coletiva de imprensa sobre seu afastamento.
Em nota, os partidos de oposição (PSDB – DEM – PPS – PSB) afirmaram que consideram coerente com a decisão final do STF sobre o afastamento de Eduardo Cunha, "apesar do seu caráter extraordinário, excepcional, pontual e individualizado, conforme ressaltou a própria decisão".
"Finalmente, apareceu a verdade da culpa de Cunha. Espero que a verdade da inocência da presidenta Dilma também venha a ser reconhecida", afirmou o ministro da Chefia de Gabinete da Presidência, Jaques Wagner, segundo informação divulgada pela assessoria à Agência Brasil.
Com a decisão de hoje, o STF adia o julgamento de outra ação que também pedia o afastamento de Cunha, essa apresentada pelo partido Rede.
Encerrado o julgamento da AC 4010, que tratava do afastamento de Cunha. Todos os 11 ministros votaram a favor da liminar emitida por Teori Zavascki.
O presidente do STF acompanha o relator. Está formada a unanimidade.
Lewandovski diz que "uma eventual cassação do mandato [de Cunha] continua sob a responsabilidade da Câmara dos Deputados”.
Complementa o presidente do Supremo: “O tempo do Judiciário não é o tempo da política, nem da mídia. Temos ritos, procedimentos e prazos que devemos observar.”

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