_
_
_
_

Após reunião com Dilma, Temer promete “relação institucional fértil”

Após desconforto por vazamento de carta , Dilma e vice se reúnem por 50 minutos

Temer após reunião com Dilma.
Temer após reunião com Dilma.UESLEI MARCELINO (REUTERS)

Um encontro rápido seguido por declarações públicas sóbrias. Assim a presidenta Dilma Rousseff (PT) e seu vice, Michel Temer (PMDB), tentaram colocar um ponto final na celeuma provocada pelo vazamento da carta que o peemedebista enviou à petista com cobranças acerca da relação de ambos. À saída do encontro no Palácio do Planalto, que durou cerca de 50 minutos, Temer resumiu a reunião em apenas uma frase: "Combinamos, eu e a presidenta Dilma, que nós teremos uma relação pessoal, institucional, que seja a mais fértil possível". Em nota, Dilma seguiu a mesma toada: "Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do País".

Mais informações
Michel Temer: o que a polêmica carta do vice-presidente não diz
A piada da #CartaDoTemer na rede
Impeachment: Dilma perde na Câmara, e STF suspende processo
De Temer a Dilma: “As palavras voam, os escritos permanecem”

Apesar da cordialidade de ambos em suas manifestações públicas, o encontro não rendeu fotografias em tom de entendimento, nem a sinalização de que o vice-presidente se unirá à presidenta na defesa de seu mandato. Aliás, mais cedo, Temer declarou à imprensa, em referência ao processo de impeachment, que o Brasil "vive em um regime de normalidade democrática extraordinária" e que as instituições estão funcionando, confrontando o discurso do Governo de que Dilma estaria sendo vítima de uma tentativa de golpe.

Não bastasse, o PMDB Nacional divulgou uma nota em suas redes sociais nesta quarta-feira em que afirma que "o Palácio do Planalto, surpreendentemente, vazou para a imprensa" a "carta pessoal" que Temer enviou a Dilma, acrescentando que, com isso, o Governo "tentou dar a ela o objetivo político que ela não tinha". "O objetivo dos auxiliares de Dilma Rousseff foi criar constrangimentos ao nosso Presidente e estimular a interpretação de que Temer estava rompendo com o governo e de forma golpista. Não é verdade. O PMDB não tem o golpe em seu DNA", diz a mensagem.

Na nota, o PMDB destaca ainda que "o impeachment foi colocado na agenda política do país pela própria Presidente da República, que invariavelmente ocupa-se deste assunto em pronunciamentos públicos há vários meses". Na sequência, o texto diz que "impeachment não é golpe, está previsto na Constituição do Brasil e de várias outras democracias do mundo", acrescentando, como disse o próprio Temer mais cedo, que "além do mais, nossas instituições estão funcionando normalmente, de forma transparente e democrática".

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_