Após reunião com Dilma, Temer promete “relação institucional fértil”
Após desconforto por vazamento de carta , Dilma e vice se reúnem por 50 minutos
Um encontro rápido seguido por declarações públicas sóbrias. Assim a presidenta Dilma Rousseff (PT) e seu vice, Michel Temer (PMDB), tentaram colocar um ponto final na celeuma provocada pelo vazamento da carta que o peemedebista enviou à petista com cobranças acerca da relação de ambos. À saída do encontro no Palácio do Planalto, que durou cerca de 50 minutos, Temer resumiu a reunião em apenas uma frase: "Combinamos, eu e a presidenta Dilma, que nós teremos uma relação pessoal, institucional, que seja a mais fértil possível". Em nota, Dilma seguiu a mesma toada: "Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do País".
Apesar da cordialidade de ambos em suas manifestações públicas, o encontro não rendeu fotografias em tom de entendimento, nem a sinalização de que o vice-presidente se unirá à presidenta na defesa de seu mandato. Aliás, mais cedo, Temer declarou à imprensa, em referência ao processo de impeachment, que o Brasil "vive em um regime de normalidade democrática extraordinária" e que as instituições estão funcionando, confrontando o discurso do Governo de que Dilma estaria sendo vítima de uma tentativa de golpe.
Não bastasse, o PMDB Nacional divulgou uma nota em suas redes sociais nesta quarta-feira em que afirma que "o Palácio do Planalto, surpreendentemente, vazou para a imprensa" a "carta pessoal" que Temer enviou a Dilma, acrescentando que, com isso, o Governo "tentou dar a ela o objetivo político que ela não tinha". "O objetivo dos auxiliares de Dilma Rousseff foi criar constrangimentos ao nosso Presidente e estimular a interpretação de que Temer estava rompendo com o governo e de forma golpista. Não é verdade. O PMDB não tem o golpe em seu DNA", diz a mensagem.
Na nota, o PMDB destaca ainda que "o impeachment foi colocado na agenda política do país pela própria Presidente da República, que invariavelmente ocupa-se deste assunto em pronunciamentos públicos há vários meses". Na sequência, o texto diz que "impeachment não é golpe, está previsto na Constituição do Brasil e de várias outras democracias do mundo", acrescentando, como disse o próprio Temer mais cedo, que "além do mais, nossas instituições estão funcionando normalmente, de forma transparente e democrática".
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