Colômbia: a paz cada vez mais perto
As negociações de Havana chegam a um acordo sobre justiça superando o obstáculo mais difícil
O aperto de mão na quarta-feira passada em Havana entre o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e Rodrigo Londoño, Timochenko, o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), confirmou que o obstáculo mais delicado das negociações de paz finalmente parece ter sido superado e que já existe um prazo para selar a paz: 23 de março de 2016. As negociações para chegar a um acordo sobre a delicada questão da justiça que deve ser aplicada àqueles que participaram do conflito em que se enfrentaram durante cinco longas décadas a guerrilha com os governos era um dos pontos mais complicados de um processo que começou formalmente em outubro de 2012. Encontrar a fórmula para garantir com responsabilidade e a longo prazo a convivência entre aqueles que provocaram e aqueles que padeceram a violência da guerra era a questão chave para que o processo não desmoronasse.
O acordo alcançado, que pretende aplicar aos que decidam colaborar no estabelecimento da verdade penas ou sanções menos restritivas com seus direitos e liberdades, ajusta-se às exigências do Tribunal Internacional, e será garantido por um tribunal com a participação de juízes estrangeiros. A anistia que será concedida pelo Estado, com o objetivo de ser a mais ampla possível, não incluirá aqueles que tiverem cometido crimes de lesa humanidade, genocídio e crimes de guerra graves.
A fórmula, que dificilmente pode satisfazer todas as aspirações de uma sociedade tão ferida, já foi duramente criticada pelos setores ligados ao ex-presidente Álvaro Uribe, mas garante a dignidade das vítimas, que contam com uma comissão que vai estabelecer o relato do ocorrido, e abre o caminho para a paz definitiva. Processos tão complicados correm o risco de morrer se não avançam; daí a importância da coragem do presidente Santos, que se envolveu pessoalmente para eliminar as últimas barreiras.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.
Mais informações
Arquivado Em
- Opinião
- Juan Manuel Santos
- Processo paz Colômbia
- Timochenko
- Partido de la U
- FARC
- Conflicto Colombia
- Guerrilhas
- Colômbia
- Conflictos armados
- Processo paz
- América do Sul
- América Latina
- Partidos políticos
- Gobierno Colombia
- Grupos terroristas
- Guerra
- América
- Governo
- Terrorismo
- Conflitos
- Política
- Administração Estado
- Administração pública
- Sociedade