Falemos do novo álbum de Adele, pois sua dieta pouco importa
Quem já ouviu garante que será um sucesso de vendas sem precedentes
O esperado terceiro trabalho do Adele é o álbum inédito mais importante da indústria fonográfica, apesar de quase nada se saber com certeza sobre esse lançamento. Enquanto nos últimos dias a imprensa especula sobre uma espetacular e pouco provável perda de peso da cantora, ela mantém o mistério sobre seu novo disco, que, após mais de quatro anos de espera, pode ser lançado a qualquer momento. Pode até ser que a britânica tenha mesmo perdido 68 quilos depois de uma milagrosa dieta, mas o comprovado é ela perdeu, de fato, 80 milhões de libras (452 milhões de reais). Aparentemente, para desgosto da sua gravadora e de seus agentes, ela está rejeitando contratos milionários para uma turnê mundial de divulgação do novo disco, pois prefere passar mais tempo com a sua recém-formada família. Quem já escutou o disco garante que será algo grandioso, e talvez falte menos do que esperamos para comprovar se esses bons presságios são realidade ou puro marketing.
Data de lançamento
Em princípio, o álbum chegará em novembro, bem a tempo de disputar as vendas milionárias da época natalina. A revista musical Billboard apostou nessa data e, por enquanto, ninguém desmentiu. Os rumores que indicavam o lançamento ainda em 2014 se baseavam em comentários da própria cantora, mas essa teoria foi quase imediatamente desautorizada por sua gravadora, a XL Recordings, o que desta vez não aconteceu. A britânica, cujo enorme sucesso lhe permite ter uma grande capacidade decisória frente à gravadora, flertava com a ideia de lançá-lo de surpresa, como fez Beyoncé com seu último trabalho no ano passado, então não se descarta que as novas canções cheguem aos nossos ouvidos inclusive antes dessa data.
Título
Após estrear com 19, aos 19 anos, e se consolidar dois anos mais tarde com 21, é dado como certo que o novo trabalho vai se chamar 25, idade dela ao gestá-lo. Talvez seja só um título provisório, mas Adele em várias ocasiões se referiu dessa forma ao disco novo.
Promoção e turnê
Em princípio, nula ou quase nula. A julgar por seu hermético comportamento desde que atingiu o estrelato, parece razoável que Adele prefira ficar em casa com seu marido e o filho de dois anos, Angelo, em vez de se comprometer com uma turnê que destrua suas cordas vocais em 2016. Sua excursão anterior terminou antes do previsto porque a cantora ficou vários meses sem voz em 2011, devido ao estresse. O temor de uma recaída parece ser uma das causas para que ainda não haja shows programados e que ela praticamente não tenha mais cantado seus sucessos ao vivo desde então, para não falar no enorme pânico cênico que a artista já admitiu em várias entrevistas – a ponto de vomitar de ansiedade antes de entrar no palco. Parece evidente que sua vida familiar está em primeiro plano, e essa é a razão pela qual Pharrell Williams quase não conseguiu se reunir com a artista na hora de concretizar sua colaboração para esse misterioso disco. “A atitude de Adele é tipo: ‘Bom, rapazes, lhes dou 20 minutos do meu tempo’, e depois desses minutos ela desaparece com seu precioso bebê. É assim o tempo todo”, disse Williams ao popular apresentador de televisão norte-americano Ryan Seacrest.
Expectativa de vendas
Poucos cantores conseguem repetir vendas multimilionárias depois de passar cinco anos em silêncio, como se viu com Dido após vender 20 milhões de cópias de Life for Rent. No caso de Adele, porém, o mistério que a rodeia depois de bombar no Grammy e de levar um Oscar pela canção Skyfall parecem jogar a seu favor. Mesmo antes de o disco começar a ser gravado, a Amazon já havia recebido 100.000 encomendas antecipadas.
Mas, mesmo que venda apenas um terço dos 27 milhões de cópias acumuladas de 21, Adele conseguiria ser a campeã de vendas do ano, superando Taylor Swift, Sam Smith e Ed Sheeran, o trio de artistas que compete atualmente por esse posto honorífico. O próprio Sheeran é uma das poucas pessoas a se manifestarem de forma clara sobre o álbum de Adele. Foi há algumas semanas, na emissora de rádio britânica Capital Radio, onde contou que todos os seus conhecidos que estavam trabalhando no projeto apostavam em que será o disco do ano.
Colaborações
Pharell Williams é um nome que quase certamente aparecerá nos créditos do novo disco. Outros que soam com força são o do sueco Danger Mouse, do compositor de pop Max Martin, também sueco, e do cantor e compositor canadense Tobias Jesso Jr., a quem ela já dedicou demonstrações públicas de apreço. Como verdadeira diva que é, Adele não usa sobrenome nem se expõe em excesso nas redes sociais. Uma das poucas mensagens escritas por ela no Twitter foi para recomendar How Could You Babe, de Jesso, o que fez disparar o número de execuções desse clipe no YouTube.
Ryan Tedder, líder do One Republic, já foi parceiro de composição e produtor dela em um de seus sucessos anteriores, Rumor Has It, e por isso é muito cotado para repetir a colaboração. De fato, o músico afirma já ter escutado grande parte das canções que compõem o trabalho: “Com a quantidade de faixas que você precisa escolher, vai ser uma loucura de disco. Ela poderia até rejeitar algum hit, e continuaria sendo um disco incrível”, antecipa.
Já Phil Collins está marcado por um desentendimento com ela. O gênio do pop oitentista contou à imprensa musical do seu país que a britânica entrou em contato com ele oferecendo parceria em algumas músicas. Quando Colins, há tempos semiaposentado, soube quem era Adele, topou na hora. Ela então enviou uma canção para que ele completasse. “Parece que fui reprovado na seleção, porque desde então estou esperando a resposta”, lamentou o autor de Easy Lover, Sussudio e Two Hearts. A desculpa inicial para adiar de forma indefinida sua colaboração foi, novamente, o tempo dedicado à família, com uma mudança e um recém-nascido em seu horizonte imediato. Quanto a duetos, a julgar pelas redes sociais, existiram encontros com Lady Gaga e Katy Perry, que assim encabeçam os bolões de aposta.
Que estilo seguirá?
A norte-americana Kelly Clarkson também oferece um pouco de informação acerca do disco mais esperado, após apontar a possibilidade de que Adele abrace os sons do country em seu novo trabalho. Enquanto seus dois álbuns anteriores se apoiavam nos desenganos amorosos, uma tendência que seu compatriota Sam Smith imitou com sucesso em In the Lonely Hour, a feliz situação familiar atual de Adele a obriga a uma mudança de sonoridade, já que ela se mantém fiel a um autoimposto estilo biográfico em suas composições.
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