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Uruguai sofre, mas vence a Jamaica na sua estreia na Copa América

Um gol de Cristian Rodríguez dá a vitória aos atuais campeões Seleção convidada, Jamaica se mostra um rival animado

Alejandro Prado
Cavani domina a bola.
Cavani domina a bola.RONALDO SCHEMIDT (AFP)

Em um grupo com Argentina e Paraguai, a vitória contra a Jamaica é obrigatória. O Uruguai ganhou, mas de uma forma tão vulgar que não se permite sonhar demais com o restante do torneio. Mas, se alguém sabe rentabilizar em cima de pouco futebol, esse é o Uruguai. Fez isso neste sábado, em Antofagasta, contra uma valorosa equipe jamaicana, que fez sua primeira partida na história da Copa América com muita dignidade, mas sem levar os pontos para casa. Bastou um gol de Cristian Rodríguez para fazer a lição de casa na base do mínimo esforço. Agora, o pensamento está em Messi e companhia, adversários da próxima terça-feira.

Para o Uruguai, tanto faz enfrentar Brasil, Argentina ou a Jamaica. Seu jogo é baseado na dureza defensiva e em ataques pouco elaborados. As bolas viajaram pelo ar buscando Cavani, que se conseguia controlá-la, apoiava-se em Diego Rolán, e se não conseguia, o meio-campo apertava a defesa caribenha. O meio-campo uruguaio é responsável por pressionar bastante o adversário. A Jamaica mostrava-se mais generosa na sua proposta, tentando roubar a bola de forma limpa desde o campo de defesa, mas sem grandes sacrifícios se a pressão fosse muito intensa. Os comandados de Winfried Schäfer tiveram o atrevimento daqueles sem nada a perder. Foram convidados a um torneio alheio e passaram entusiasmo como poucos.

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As ocasiões de gol foram raras como diamantes. Era necessário cavar e cavar novamente até encontrar uma. O Uruguai pediu pênalti em um toque de mão escandaloso de Lawrence que o árbitro não viu. A Jamaica respondeu com uma chegada na qual Mattocks chutou muito mal. Talvez Tabárez esperasse uma partida mais tranquila na estreia, mas os jamaicanos não pararam de incomodar, especialmente com Austin e McAnuff, que mostraram muita desenvoltura no meio-campo.

Com a partida transformada em um deserto, o gol do Uruguai só poderia ter saído como saiu. Em uma falta lateral, a bola caiu na chuteira esquerda de Cristian Cebolla Rodríguez, após uma tentativa jamaicana de afastá-la. Aos cinco minutos do segundo tempo, os celestes já haviam conseguido a vantagem que queriam. Restava reprimir qualquer surto de futebol que surgisse do rival. E conseguiram, mais ou menos.

Porque a Jamaica não aceitou entregar a partida assim. Desinibida, atacou como pode, e quase conseguiu empatar apenas alguns minutos depois do gol uruguaio. Barnes teve a chance quando ficou com a bola de frente para Muslera, fora da foto, mas a mandou para fora, ainda que atrapalhado pelos defensores. A partida ficou bastante animada pela necessidade da equipe da América Central, que não deixou de insistir nos últimos 20 minutos. O Uruguai dedicou-se a gastar o tempo como se, ao invés do atual campeão, fosse um estreante com medo. O susto também não durou muito porque a Jamaica ficou cansada e as reservas de energia não chegaram para um último assalto.

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