É ‘Made in Paraguai’ e de ótima qualidade
Uma seleção dos melhores filmes paraguaios dos últimos anos, incluindo o ‘hit’ ‘7 caixas’, está atualmente em cartaz no Rio de Janeiro
A expressão made in Paraguai por anos foi associada pelos brasileiros à má qualidade de eletroeletrônicos pirateados e contrabandeados. Hoje, ela intitula o melhor da produção cinematográfica paraguaia contemporânea, em uma mostra de filmes que está em cartaz no Rio de Janeiro até domingo, 21 de setembro.
Made in Paraguai – Mostra de Cinema Paraguaio é a primeira retrospectiva de filmes recentes do país vizinho que acontece no Brasil, através da Caixa Cultural.
A iniciativa, além de representar um esforço louvável por explorar conteúdos que circulam pouco e em contextos independentes, se deve à crescente qualidade da produção paraguaia – que começou a despontar nos últimos anos com o filme Hamaca paraguaya (2006), de Paz Encina, e alcançou seu auge com Siete cajas (2012), de Juan Carlos Maneglia e Tana Schémbori.
O filme de Encina, rodado em guarani, foi um marco na história do cinema paraguaio, porque encerrou um hiato de mais de 30 anos sem que o país lançasse nenhum longa-metragem comercialmente. E o de Maneglia e Schémbori foi outro, não só porque viajou por vários festivais internacionais e disputou o Goya em 2013, mas também porque rompeu no próprio Paraguai o recorde de espectadores (280.000) de um blockbuster como Titanic – até então o filme de maior bilheteria no país. Ambos fazem parte da seleção de 11 longas e 10 curtas-metragens da mostra, que inclui também o clássico Cerro Corá (1978), de Guillermo Vera.
Segundo o cineasta brasileiro Marcelo Engster, que escolheu os títulos junto com o produtor e diretor paraguaio Carlos Cáceres, “é difícil encontrar filmes do Paraguai no Brasil, mesmo procurando na internet ou em DVD”. “Achei que era importante trazer essa produção pra cá, e o público de fato superou as expectativas”, diz o curador.
Em São Paulo, por onde o evento já passou, algumas sessões chegaram a somar 80 espectadores, e a média foi de 30 assistentes por filme – uma boa frequência para uma mostra. Engster destaca também o sucesso dos debates realizados com a presença de cineastas e da atriz Lali González, protagonista de Siete cajas, hoje considerada uma embaixadora do cinema de seu país.
Para quem estiver no Rio até domingo, a dica é acompanhar as exibições com debates, como a do documentário Tierra roja, que acontece nesta sexta-feira com a presença de seu diretor, o estreante Ramiro Gómez.
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