Três parentes do Papa morrem em um acidente de carro na Argentina
Um sobrinho de Jorge Mario Bergoglio se encontra hospitalizado em estado grave
Um sobrinho do papa Francisco, Emanuel Bergoglio, de 35 anos, voltava para Buenos Aires com a família na madrugada desta terça-feira, vindo da província de Córdoba depois de desfrutar de um fim de semana prolongado. Na rodovia 9, perto do povoado cordobês de James Craik, enquanto dirigia seu carro na velocidade permitida se chocou com um caminhão que entrava em sua faixa, saindo de um posto de combustível. Morreram sua mulher, Valeria Carmona, de 39 anos, e seus filhos José, de 2 anos, e Antonio, de 8 meses. Emanuel foi levado para um hospital na cidade cordobesa de Vila María, em estado grave, com fratura exposta do úmero direito, traumatismo torácico abdominal fechado e lesão hepática e esplênica, segundo informaram os médicos.
O acidente da família do irmão do pontífice, Alberto Bergoglio, provocou a reação do Vaticano. “O Papa foi informado do trágico acidente ocorrido na Argentina com alguns de seus parentes e está profundamente triste”, disse em Roma o sacerdote que é porta-voz da Santa Sé, o italiano Federico Lombardi. Acrescentou um pedido “a todos aqueles que compartilham de sua dor para que se unam a ele na oração”. O jornal argentino La Nación descartava a possibilidade de que Jorge Bergoglio viajasse para a Argentina. O Papa, de 77 anos, acaba de regressar ao Vaticano depois de seu giro pela Coreia do Sul.
"Francisco agradece a oração de todos e as expressões de pêsames e de solidariedade”, comentou o encarregado do protocolo da Santa Sé, o padre argentino Guillermo Karcher. “Nós o estamos acompanhando e o apoiando em sua dor”, acrescentou Karcher.
O motorista do caminhão que investiu contra o carro de Emanuel Bergoglio saiu ileso do acidente. “Eu não estava nem parado nem nada”, declarou o caminhoneiro Raúl Pombo. “Quando senti o impacto não sabia o que se passava. Logo depois de me lançar ao acostamento, comecei a parar os carros para lhes pedir extintores porque o meu tinha acabado, e com a ajuda de muitos outros que me entregavam extintores evitamos que se incendiasse”, contou Pombo. O chefe dos bombeiros de James Craik, Gustavo Ponce de Leon, também deu sua versão: “Quando chegamos ao local do acidente, nos deparamos com um veículo que havia investido contra a parte posterior do reboque, penetrou debaixo dele.”
Na Argentina morrem a cada ano em acidentes nas ruas e estradas 13 pessoas a cada 100.000 habitantes, uma média superior às 8 de países desenvolvidos, segundo a Federação Internacional do Automóvel. Na América Latina o índice chega a 16. O Brasil encabeça a lista, com 20, seguido por Paraguai e Equador, com 17, e Uruguai, com 16. Na mesma situação que a Argentina se encontram Colômbia e Peru. O indicador mais baixo na América Latina é o da Guatemala, com 4. Em 2013, um total de 5.187 argentinos morreram em acidentes de trânsito.
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