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A epidemia do ebola põe as grandes potências mundiais em alerta

A China toma medidas preventivas e os Estados Unidos desaconselham viajar aos países afetados

O Hospital Universitário Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, onde os norte-americanos infectados pelo ebola serão isolados.
O Hospital Universitário Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, onde os norte-americanos infectados pelo ebola serão isolados.ERIK S. LESSER

A epidemia do ebola na África ocidental põe em guarda os países mais poderosos, e os esforços para deter uma possível expansão da doença se intensificam. Os Centros para o Controle e Prevenção de Enfermidades (CDC) dos Estados Unidos recomendam evitar viagens a Guiné, Libéria e Serra Leoa, devido ao que qualificaram de “o maior e mais complexo surto da história”, que já resultou em 729 mortos.

Além disso, dois norte-americanos infectados com o vírus serão repatriados aos Estados Unidos para tratar a doença em uma área de alta segurança no Emory University Hospital de Atlanta. Os dois voluntários, o doutor Kent Brantly e a missionária Nancy Writebol, se infectaram enquanto trabalhavam na Libéria. A situação é estável, mas grave. Com a chegada deles aos Estados Unidos, será a primeira vez que pessoas diagnosticadas com o vírus pisarão em solo norte-americano. Um terceiro cidadão dos EUA, o médico Patrick Sawyer, morreu na Nigéria depois de se contaminar na Libéria.

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A China, por sua vez, aumentou as medidas de prevenção para deter um potencial surto de ebola em Cantão, capital da província meridional homônima, onde se concentra uma das maiores comunidades africanas de imigrantes do país asiático. Segundo informa o jornal oficial China Daily, o aeroporto internacional de Baiyun, da cidade sulista, instalou termômetros corporais para controlar a temperatura de todos os passageiros, e, passando dos 37,5 graus, submetê-los a um exame de sangue para detectar o vírus. Mais de mil pessoas procedentes da África chegam a esse aeroporto todos os dias.

A Cruz Vermelha espanhola enviou a Serra Leoa nesta sexta-feira sua Unidade de Respostas a Emergências para lutar contra o surto de ebola. No total são 12,5 toneladas de equipamentos de emergência, a um valor de 900.000 reais, para realizar funções similares às de um Centro de Saúde, proporcionando atendimento essencial curativo e preventivo. Com o material viajam 12 profissionais de emergência da organização humanitária, especializados em saúde e logística, para dar apoio ao tratamento de casos no hospital de Kenema, Serra Leoa.

O doutor Kent Brantly, de 33 anos, infectado pelo ebola na Libéria.
O doutor Kent Brantly, de 33 anos, infectado pelo ebola na Libéria.Joni Byker

Vacina experimental

Os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos anunciaram que vão começar a provar em setembro uma vacina experimental contra o ebola em seres humanos. A agência Federal está trabalhando na vacina nos últimos anos e garante que viu resultados positivos durante suas experiências com primatas, segundo informou a rede de televisão norte-americana CNN.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou na quinta-feira para 729 o número de mortos por ebola na África, depois de registrar 57 novos casos entre 24 e 27 de julho em Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa. O número total de pessoas contagiadas chega a 1.323. Os países afetados adotaram medidas para conter a expansão do vírus: Serra Leoa declarou nesta quinta-feira estado de emergência médica, assim como a Libéria que, além disso, fechou as escolas, suspendeu as atividades públicas não essenciais e colocou vários povoados em quarentena.

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