_
_
_
_

Um pouco de Alexis Sánchez é muito

O atacante do Chile marca um gol e dá outro a Valdivia para dobrar uma Austrália digna

Alexis Sánchez, no momento do gol.
Alexis Sánchez, no momento do gol.Clive Mason (Getty Images)

Ainda impressionados com a derrocada do campeão do Mundo no outro jogo do grupo, Austrália e Chile disputaram uma partida cujo apelo havia aumentado pela rotunda vitória da Holanda. Não apenas para os espanhóis, como também para os brasileiros, cuja imprensa mostrou preocupação ante a eventualidade de que a Espanha se classifique como segunda do grupo e o destino indique umas oitavas de final não aconselháveis para hipertensos.

A incógnita parecia desaparecer muito rápido, 2-0 no 13º minuto, mas a renovada Austrália, que ostenta o último lugar (62º) no ranking da FIFA entre as seleções que disputam esta Copa, opôs resistência à entrosada seleção andina até o 89º minuto. Com três pontos no bolso, o Chile tem na próxima quarta-feira uma oportunidade de ouro para dar a punhalada definitiva na seleção de Del Bosque. A presença de Arturo Vidal —37 dias depois de ser operado do menisco— foi a grande surpresa inicial de um encontro muito colorido e quente nas arquibancadas, a 30 graus e com 45% de umidade relativa do ar. Nos primeiros minutos, Alexis Sánchez resolveu uma jogada embaralhada com um hábil toque; dois minutos depois, com uma meia volta se livrou de um defensor na lateral direita, avançou veloz até a entrada da área e passou suavemente ao Mago Valdivia, que arrematou sem piedade à media altura. Explosão vermelha nas arquibancadas. Sánchez em sua melhor versão, mesmo que tenha durado 10 minutos.

Os torcedores chilenos se animavam inclusive a entoar alguns olés em coro, talvez prematuros porque ainda faltavam 70 minutos. A Austrália tentava desativar o vendaval chileno com algum contragolpe nas costas, mas mostrava pouca precisão. De maneira surpreendente, como acontece tantas vezes no futebol, Cahill arrematou de cabeça, aos 30 minutos, um centro aproveitando-se da diferença de altura com o improvisado central Medel e reduziu a vantagem. Uma cabeçada indefensável; o quarto gol de Cahill em uma Copa.

A paulada teve o mesmo efeito que antes, mas inverso: Bravo evitou o empate um minuto depois. Mas com paciência e posse de bola, o Chile conseguiu conter o adversário. Havia farejado o perigo e adotou uma postura conservadora, o necessário para esfriar um pouco o jogo até o intervalo. A seleção australiana voltou com tudo no começo do segundo tempo, uns minutos nos quais surgiu novamente o goleiro Bravo para salvar o empate com uma defesa espetacular, abaixo e junto ao poste, de um disparo de Bresciano depois de outro gol de cabeça de Cahill, anulado com justiça.

Mais informações
A Espanha sofre um descalabro mundial
Neymar conclui o trabalho de Nishimura
O México sofre e comemora debaixo de chuva
A Inglaterra se queima em Manaus

Aos 15 minutos, a jovem estrela do Twente Felipe Gutiérrez substituiu Vidal, que abandonou o campo com cara de preocupação e teve um papel muito mais discreto do habitual. A Austrália tinha equilibrado o jogo, mesmo que Vargas quase tenha anotado o 3-1 em uma bola que Wilkinson espalmou antes que cruzasse a linha. O adiantamento de linhas australiano deteve as infiltrações dos laterais e incomodou a equipe chilena, que se desorganizou e permitiu que a partida se tornasse uma sucessão de ataques e contragolpes que favorecia a condição física dos australianos.

Sampaoli aceitou o desafio e substituiu Valdivia pelo rápido Beausejour. O Chile se dividiu ao meio e tratou de resolver o jogo pela via rápida. A Austrália mostrou então sua proverbial ordem defensiva, ausente na primeira meia hora, e completou um segundo tempo digno, mesmo não tendo a qualidade que talvez lhe houvesse permitido empatar. No minuto 90, Beausejour fez o 3-1 definitivo depois de uma defesa de Ryan em um disparo de Pinilla e levou esperança a uma seleção que impõe muito respeito.

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo

¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?

Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.

¿Por qué estás viendo esto?

Flecha

Tu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.

Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.

En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.

Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_