Avanço da segunda onda leva a colapso hospitalar na Índia
Com recordes mundiais de infecções diárias há cinco dias, a segunda nação mais populosa do mundo vive um momento crítico no combate ao novo coronavírus
Um trabalhador de saúde, equipado com roupa de proteção, translada uma paciente que padece covid-19 ao hospital Guru Teg Bahadur, em Nova Délhi. A Índia acumula um total de 17,3 milhões de infecções e 195.123 mortes, o que faz da nação a mais atingida do mundo pela pandemia atualmente, segundo os dados das autoridades indianas.ADNAN ABIDI (REUTERS)A soma progressiva de casos de covid-19 exigiu a instalação de crematórios improvisados em suas cidades, como é o caso deste, de Nova Délhi. O país registra recordes mundiais sucessivos de infecções há cinco dias. Nas últimas 24 horas, foram notificados 352.991 novos infectados.Altaf Qadri (AP)Pacientes afetados pelo novo coronavírus esperam para ser atendidos no hospital Guru Teg Bahadur, de Nova Délhi. Vários países europeus restringiram ou limitaram suas conexões aéreas com a Índia nos últimos dias devido ao avanço descontrolado da pandemia.DANISH SIDDIQUI (REUTERS)Um trabalhador enche balas de oxigênio medicinal para ser utilizadas nos hospitais, às periferias de Chennai. Na semana passada, as autoridades do hospital Jaipur Golden, na capital nacional, informaram da morte de 20 pacientes de covid-19 devido à falta de fornecimento de oxigênio.ARUN SANKAR (AFP)O Governo da Índia autorizou no último sábado a suspensão de impostos sobre o fornecimento de oxigênio, as vacinas anticovid-19 e os tratamentos médicos relacionados com a doença. Na imagem, o corpo de uma falecida por coronavírus antes de sua cremação em Nova Délhi, no sábado.ADNAN ABIDI (REUTERS)O Governo indiano já fazia havia suspendido na última quarta-feira dos encargos sobre o antiviral Remdesivir e sobre seus princípios ativos, para atender a demanda pelo medicamento, empurrada por uma rápida propagação da doença. Na imagem, um PCR é realizado em uma estação de ônibus da capital.Anindito Mukherjee (Getty Images)Apesar de a Índia ser reconhecida como "a farmácia do mundo", por sua produção em larga escala de medicamentos, o surgimento de uma segunda onda de casos, que superou com muita intensidade a primeira, provocou fortes pressões sobre sua indústria de fármacos. Na imagem, um sacerdote (à esquerda) evita o calor das múltiplas piras funerárias de pacientes que morreram pela covid-19.Anindito Mukherjee (Getty Images)Vários hospitais na capital nacional reportaram a situação de urgência e risco em que se encontram seus pacientes em cuidados intensivos por falta de oxigênio. Na imagem, translado do corpo de um paciente falecido por covid-19 em um hospital de Calcultá.PIYAL ADHIKARY (EFE)No meio da emergência, o Governo anunciou a abertura de uma via rápida para aprovar o uso de outras vacinas importadas que já tenham licença de uso em outro país. Na imagem, filas de gente para se vacinar em Bombay, no sábado.PUNIT PARANJPE (AFP)Até meados deste mês, a Índia dependia, para sua vacinação, dos dois únicos imunizantes feitos no país: a vacina nacional Covaxin, da Bharat Biotech; e a Covishield, do laboratório britânico-sueco AstraZeneca, produzida pelo Instituto Serum da Índia (SII). Na imagem, um paciente doente de covid-19 inala oxigênio em um veículo, na capital indiana.Anindito Mukherjee (Getty Images)Translado do corpo de uma vítima da covid-19 para a cremação improvisada em Nova Délhi, na sexta-feira.DANISH SIDDIQUI (REUTERS)Vários familiares choram diante do corpo de Shayam Narayan depois de ele falecer por covid-19 no hospital Guru Teg Bahadur, neste sábado.DANISH SIDDIQUI (REUTERS)