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Sobrevivendo às enchentes no Sudão do Sul Os transbordamentos do Nilo Branco estão se tornando mais graves. Nos últimos meses, grandes áreas de ribeira do país africano desabaram. Aldeias inteiras desaparecem e seus habitantes se tornam refugiados, vítimas dos fenômenos extremos da era das mudanças climáticas A cada ano, as enchentes ficam mais fortes e devastadoras. Desde meados de 2020, o Sudão do Sul tem sido atormentado ao longo de meses por esse fenômeno na área do Nilo Branco. Na foto, Nyanong Chamchan, 44 anos, no vilarejo de Pankiir, onde mora, tenta reconstruir uma barragem. Peter Caton Nas áreas mais remotas, a água isolou comunidades inteiras, que, sem ajuda e sem possibilidade de migração para áreas altas, fazem de tudo para sobreviver. Na imagem, uma jovem colabora na reparação de um dique destruído pela água. Peter Caton Em uma missão com a Ação contra a Fome para documentar a devastação causada pelas enchentes, chegamos à comunidade isolada de Old Fangak, no extremo norte do país. A paisagem verde e serena da ribeira contrasta com a miséria e o desespero cinzento dos seus habitantes. “Espero poder voltar para a escola”, diz Tut Ruot, de 14 anos, retratada na imagem. Peter Caton A enchente destruiu 45 das 62 aldeias, e os deslocados dormem no chão das poucas terras não exploradas, enquanto outros ocupam escolas abandonadas, onde encontram água a poucos centímetros da entrada. Na foto, não há lugar para todos na escola. As duas, mãe e filha (grávida), dormem ao ar livre nesta cama improvisada na água. Peter Caton Não há comida suficiente para alimentar os habitantes locais. Todas as colheitas foram inundadas. Na foto, Nyajima Guoy, uma menina de 5 anos, tenta passar por uma área coberta de água sem se molhar muito. Nyajima se escora na parede, onde há buracos de bala. Peter Caton Nem todos os habitantes podem aproveitar o rio, pois poucos têm redes e os peixes não são o bastatnte. Na foto, em primeiro plano, NyayuaThang, de 62 anos: “As enchentes levaram embora tudo o que estávamos cultivando”. Ela não come há dias e se refugia com outros vizinhos de sua aldeia na construção atrás deles, uma escola. Peter Caton Em novembro de 2020, quando estas fotos foram tiradas, a comunidade já precisava de alimentos e consumia o que resgatou da enchente, muito escasso. Sem terras para plantar ou reservas de alimentos, a fome e a expropriação são devastadoras na Velha Fangak e em todos os povos remotos e sem voz que vivem as consequências do extrativismo no clima do planeta. Na foto, Nyakeak Rambon, 70 anos, refugiada no vilarejo de Wangchot: "Não temos para onde ir." Peter Caton Bol Nual, 26 anos, com sua filha Pouch Deng, 2 anos, a caminho do centro de saúde local para examinar a menina, que está com febre. Peter Caton Dois homens consertam um dique para que a pista de aterrissagem por onde chegam os suprimentos não inunde. Peter Caton “O trabalho de reconstrução de um dique é exaustivo. Ficamos tão cansados que à noite não conseguimos dormir por causa do quanto nosso corpo dói ”, explica Stephen Riek, 44 anos, em Pankiir. Peter Caton Nyarew Gatluak, 29 anos, carrega seu filho de 2 anos, Tito Beliu, em uma bacia de metal para que ele não se molhe ao cruzar uma das áreas inundadas Peter Caton