Haiti e o fascinante poder de cura da cultura popular
Fascinado pelo poder curativo de sua cultura popular, o fotógrafo italiano retrata as tradições do Haiti há sete anos, uma história cheia de vida e espírito de superação em tempos de crise
Mulher vestida para dançar no templo de Badjo, em Gonaïves (Haiti), durante as cerimônias vodu de janeiro.Nicola Lo CalzoDança ao ritmo de naigó.Nicola Lo CalzoRetrato de uma família crioula que chegou ao Haiti proveniente da Luisiana (Estados Unidos).Nicola Lo CalzoCaratecrização da personagem histórica Rei Henri Christophe (Haiti, 1767-1820).Nicola Lo CalzoUm participante do desfile do carnaval de Jacmel.Nicola Lo CalzoElementos de vestuário carnavalesco.Nicola Lo CalzoO lançador de corda, uma personagem do carnaval.Nicola Lo CalzoMural em um convento de Porto Príncipe.Nicola Lo CalzoAltesse, membro do Movimento para o Sucesso da Imagem dos Heróis da Independência.Nicola Lo CalzoRepresentação dos negros cimarrones, escravos rebeldes do Haiti.Nicola Lo CalzoUma mulher em transe durante uma cerimônia no templo de Badjo, em Gonaïves.Nicola Lo CalzoPersonagens de Jean-Jacques Dessalines, líder da revolução haitiana, durante o desfile do Dia da Independência.Nicola Lo CalzoMomento em uma cerimônia vodu. Cheguei ao Haiti em 2012 com as terríveis imagens dos efeitos do terremoto de 12 de janeiro de 2010 ainda muito presentes na memória. Mas, uma vez lá, aos poucos foram substituídos por novos muito diferentes, cheios de vida. Tive a sorte de poder assistir a várias representações do patrimônio excepcional da cultura popular do país, como cerimônias de vodu e desfiles de carnaval. Espaços de tradição e contracultura nos quais os haitianos encontraram sua própria maneira de superar e resistir a grandes tragédias e encontrar um profundo significado de sua identidade histórica. Desde aquela primeira viagem, voltei ao Haiti ano após ano para continuar minha pesquisa fotográfica. Estou interessado em decifrar como os haitianos encontram na cultura e no legado da revolução haitiana instrumentos para enfrentar a dureza de catástrofes naturais e humanas, como colonialismo, ditaduras, múltiplas crises políticas e econômicas ou terremotos que o Haiti sofreu ao longo de sua história.Nicola Lo Calzo
