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A arma secreta do iPhone 11: sua nova antena

Novo smartphone estaria aperfeiçoado para otimizar o uso de dados dentro de edifícios

José Mendiola Zuriarrain
Modelo Apple iPhone XS e XS Max.
Modelo Apple iPhone XS e XS Max.REUTERS

Espera-se de 2019 que seja um ano de mudanças e transformações no segmento da telefonia celular, que já acusa de forma notável a saturação e um escasso incentivo ao usuário para que renove anualmente seus aparelhos. Uma destas novidades será a incorporação paulatina da rede 5G (a nova geração mais rápida e preparada para as novas necessidades); este novo padrão de rede, que ainda tardaremos em desfrutar, implica uma nova geração de modems nos celulares, e a Apple é dos poucos fabricantes que ainda não anunciou nem um passo nesta direção. Por quê?

Ming-Chi Kuo, conhecido analista da TF Securities, contou o que se espera do novo iPhone 11, baseando-se em fontes historicamente muito fiáveis na cadeia de produção, sempre sabem de tudo antecipadamente. Além das novas câmeras —provavelmente o novo aparelho terá três opções ópticas, seguindo a tendência do mercado—, esse analista antecipa que a grande cartada do novo smartphone estará num componente em princípio muito distante do usuário: a antena.

Melhor cobertura em ambientes internos

As novas redes 5G contam com muita mais capacidade, o que se traduz em uma maior velocidade de conexão e também numa maior capacidade de largura de banda em conexões simultâneas (por exemplo, num estádio), mas estas melhoras cobram um pedágio: o alcance do sinal será inferior, de modo que a cobertura em ambientes internos, se o usuário não estiver numa área bem provida de repetidores, pode ser inferior. Ficar sem cobertura de dados atualmente pode ser o prelúdio de um drama incalculável, e parece que os empregados de Tim Cook trabalharam intensamente para solucionar esse problema.

Segundo Kuo, o novo iPhone contaria com uma nova geração de antenas que deveria substituir as de polímero de cristal líquido (LCP) atuais por uma nova tecnologia de antena conhecida como Modified-PI (MPI), que no papel, é mais simples e barata de produzir, mas que o fabricante californiano teria modificado ao seu gosto para oferecer um rendimento ótimo no iPhone. A Apple estaria contemplando com cautela todos os passos que estão sendo dados em torno da adoção do 5G, não só para saber qual é o rendimento dessa rede por parte dos operadores, mas também para garantir a experiência do usuário.

Um dos grandes temores das redes 5G reside nas expectativas: se as melhoras em velocidade e utilidade para o usuário não forem significativas, a experiência pode ser ruim. Kuo afirma que a Apple não apresentará nenhum modelo que suporte essa rede, deixando isso para os iPhones de 2020, mas que empresa de Tim Cook não perde o tempo e vai avançando no desenvolvimento desta nova antena que, esta sim, já estaria integrada ao iPhone 11. Se a Apple mantiver seu calendário, o novo celular da casa será apresentado no segundo semestre.

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