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Vero, o concorrente do Facebook que promete romper as ‘bolhas’ da internet

Nova rede social por assinatura explode no mercado com a promessa de ser livre de publicidade e algoritmos que alteram o conteúdo

Imagem promocional do Vero no site da empresa.
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José Mendiola Zuriarrain
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Alguém pagaria para usar o Facebook? Pode parecer coisa de loucos, não? Um grupo de empreendedores entendeu que ainda existe uma lacuna no segmento das redes sociais, dando origem ao Vero, o último fenômeno do momento. O novo aplicativo – disponível para iPhone e Android – teve uma estreia avassaladora e seus servidores quase não conseguem atender à enxurrada de inscrições e de conteúdo que seus primeiros usuários se esforçam em gerar. Mas... o que é o Vero exatamente? Se tivéssemos de explicar usando redes já conhecidas, é um híbrido a meio caminho entre o Instagram e o Facebook que tem um mural no qual o usuário pode subir fotos, lugares, recomendar livros ou filmes.

Os usuários do Vero podem compartilhar conteúdo e esperar curtidas ou comentários, nada realmente diferente do que vimos até agora nas redes predominantes, mas, no entanto, o recém-chegado tornou-se uma tendência em tempo recorde e, como ressaltamos, seus servidores não conseguem dar conta da enxurrada de novas inscrições e conteúdo que estão recebendo. Na verdade, o Vero está se beneficiando de uma publicidade para multiplicar seus usuários no lançamento: o primeiro milhão de inscritos poderá usar a rede de forma completamente gratuita por toda a vida. Claro, quem consideraria pagar para usar uma rede social... Nesse serviço não apenas está se considerando isso, mas seu modelo de negócio se baseia exatamente nisso, na assinatura de usuários.

O que seus criadores propõem é manter uma plataforma completamente livre de publicidade e algoritmos que alteram o conteúdo, na qual a privacidade do usuário seja a maior prioridade. No Vero, o dono do perfil deixa de ser o produto, é o modelo de negócio exatamente oposto ao do Facebook ou do Google, empresas em que o usuário está no alvo e é o centro da monetização. O difícil equilíbrio entre valor agregado e privacidade poderia estar começando a trazer consequências ao produto de Mark Zuckerberg, que está vendo como o tempo de permanência de seus usuários é cada vez menor, por um lado, e como as autoridades começam a tomar uma atitude.

O valor da assinatura anual ainda não foi definido, mas espera-se que seja um montante acessível a todos e semelhante ao de outros modelos de assinatura aos quais já estamos acostumados. Valerá a pena pagar e o projeto seguirá em frente? O Vero oferece uma nova experiência em que todos os tipos de atividades podem ser aglutinados (inclusive links para artigos) em uma interface muito limpa e fácil de usar.

No papel e tendo em vista o grande número de inscrições, parece que pode funcionar, mas o projeto ainda enfrenta dois grandes monstros. O primeiro, vivido por projetos semelhantes como Peach e Ello, que tiveram começos fulgurantes e hoje ninguém mais se lembra deles. O segundo grande obstáculo a superar é o da solvência: manter uma rede dessas características exige muito capital e conhecimento, e por enquanto o serviço não consegue dar conta das novas inscrições, sendo críticas as primeiras horas. O Vero pode sobreviver, mas como ferramenta de nicho e para um perfil seleto de usuários, e isso também não seria nada mau.

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