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Em 1975, a Espanha abandonou a sua colônia do Saara Ocidental, o que deu início a uma guerra pelo controle do território entre a Frente Polisario (Movimento de Libertação Nacional Saariana), Marrocos e Mauritânia. As mulheres, os idosos e as crianças que viviam no Saara Ocidental fugiram para Tinduf, região cedida pela Argélia para que se assentassem temporariamente até o final do conflito. Lá foi criada a República Árabe Saariana Democrática (RASD), articulada por comitês revolucionários compostos quase exclusivamente por mulheres. Existem cinco campos, onde vivem atualmente 185.000 pessoas. Na foto, Fatimehtu Mahmud, que 42 anos atrás teve que fugir para o deserto de Tinduf com sua família, deixando tudo atrás. Vive na wilaya (província) de Auserd com uma filha e suas netas. Tem hoje 67 anos, e suas duas outras filhas vivem nas ilhas Canárias e em Jerez (Espanha), de onde lhe mandam ajuda para subsistir. Dentro do campo há um pequeno mercado onde os refugiados adquirem produtos de primeira necessidade, higiene e roupas. Os alimentos chegam aos campos graças à ajuda humanitária.
6 fotos

Saara Ocidental: as mulheres que governam no deserto

Tinduf, no sul da Argélia, abriga há 41 anos os campos de refugiados saarianos. A maioria dos serviços e das atividades é administrada por mulheres. Elas são a base de um Estado esquecido e mantido no exílio

El País
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