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Muito se culpa os millennials pelo fim do mundo, mas esquecemos que a Geração X também não lhes deixou o planeta bem arrumado. É difícil explicar aquele movimento aos que não o viveram, mas esse filme (dirigido por Lasse Hallstron) pode funcionar como um manifesto conservado em formol: a Geração X tinha muito claro o que não queria, mas não tinha nem ideia do que queria. Movimentava dinheiro de um lado para o outro, mas não o produzia. E reclamava. Depp percebe, após um par de cenas, que Leonardo DiCaprio iria levar o filme nas costas até a linha de chegada, então decide incentivá-lo do banco de reservas. Mas isso não significa que sua interpretação seja fracassada. Depp não tenta transformar Gilbert Grape em um personagem simpático ou carismático, porque não o é. E isso, em uma época na qual as estrelas reescreviam seus roteiros para sair sempre bem, transformou Depp primeiro em uma anomalia e, depois, em um símbolo sexual. Os anos 1990 foram um disparate. E muito emocionantes, definitivamente.
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Os 10 melhores filmes de Johnny Depp

Indomável e valente, o ator realizou excelentes trabalhos. Esses são os melhores. O número um está no final

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