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Sete trabalhos para ganhar um bom salário sem estresse nem sacrifícios Porque chegar a casa destroçado não compensa, mas que os rendimentos não dêem nem para o aluguel, também não. Fazemos a média entre salário e acalma para dar com esta lista de empregos sonhados Segundo a Forbes, seu salário médio anual fica em torno de 60.000 euros (R$ 210.000), e na lista de Shatkin seu nível de estresse é de 59/100. “Seguramente, o fato de não ter que lidar diretamente com o público é determinante para esse reduzido grau de ansiedade”, afirma Antoni Martínez. Além disso, como destaca Rosario Linares, psicóloga clínica da El Prado Psicólogos, “trabalhos deste tipo são bastante mecanizados, até monótonos, e não exigem grandes esforços físicos”, o que justifica essa tensão moderada. E “seu alto grau de responsabilidade” explica seu pagamento vultoso, diz Manuel Torres, diretor da revista sobre felicidade no trabalho Ebocame. Ganham cerca de 35.000 euros (R$ 122.500) por ano e seu nível de estresse também é 59/100. De modo alinhado aos economistas e profissionais de finanças, Antoni Martínez comenta que “contando com diretrizes ergonômicas saudáveis e considerando que o esforço físico é praticamente nulo, esse dado de estresse não tem por que surpreender”. Por outro lado, “estar distantes dos dados que analisam, mantendo um baixo envolvimento emocional, faz entender melhor essa tensão moderada”, segundo Torres. Têm salário semelhante ao dos estatísticos (35.000 euros, ou R$ 122.500), mas seu nível de estresse na escala de Shatkin é dois pontos superior, 61/100. Rosario Linares avalia esse dado: “No fim, são componentes parecidos com os casos anteriores: dados teóricos, processos organizacionais e contato quase inexistente com as pessoas”. Nesse sentido, Torres considera que “quanto mais distantes estejam do embate político, mais felizes. Os cientistas políticos, estudiosos e amantes da história e da leitura têm uma visão global que os afasta do estresse”. O mito da profissão tranquila e bem remunerada se confirma. Um tabelião ganhava em 2015 mais de 150.000 euros (R$ 425.000) por ano, segundo a Forbes, sem ser alvo de uma ansiedade alta: 64/100. O motivo? “O tabelião sempre tem por trás uma equipe reforçada; eles fazem a revisão final e firmam o documento previamente preparado por outras pessoas; desse modo sua exposição a situações tensas é mínima”, explica Linares. Além disso, Martínez considera que “não ter que responder a superiores nem assumir prazos de entrega impostos torna as tarefas muito menos angustiantes”. Seu rendimento pode alcançar a casa dos 54.000 euros (R$ 190.000), e seu nível de estresse é o mesmo dos tabeliães (segundo o ranking norte-americano). “São profissionais que trabalham com processos e máquinas e mantêm controle mais ou menos total sobre tudo que acontece”, explica Martínez. Rosario Linares acrescenta: “Normalmente, os profissionais de informática são apaixonados por seu trabalho e contam com um componente vocacional importante. E pelo fato de serem executivos, recai sobre eles a responsabilidade de estabelecer datas de entrega e cronogramas”, tirando de suas jornadas a tensão de ter que se ajustar à vontade de um superior. Estudo da Infojobs e da Esade situa o ganho anual em 53.000 euros (R$ 185.000), e seu nível de estresse é de 67/100. Como isso, se a ocupação é importante para o público? “Do trabalho de um ortodontista, apesar dele estar integrado ao setor de saúde, não dependem vidas”, afirma Linares. Esse fato se soma, segundo Martínez, a que “se forem bem, podem manter uma clínica que lhes permita exercer sua atividade para sempre, e isso lhes dá uma tranquilidade que afasta o estresse”. Segundo os registros mais recentes do INE, os profissionais das ciências físicas e matemáticas podem superar a casa dos 35.000 euros (R$ 122.500) anuais, e seu nível de estresse, segundo Shatkin, está nos 57 pontos. “Mais uma vez, dados objetivos, tarefas que trazem pouco desgaste físico e horários estáveis que permitem organizar jornadas rotineiras e, normalmente, pouco flutuantes, e sem se expor ao público”, destaca Torres. Se no seu caso é tarde para se candidatar ao tabelionato ou se especializar nos labirintos da estatística, como enfrentar um trabalho estressante? “Empregar ferramentas de organização do trabalho como a técnica Pomodoro, aprender a respirar corretamente e saber se comunicar usando a empatia e a assertividade com os outros são boas fórmulas para fazer isso”, aconselha Antoni Martínez.