Assim atuam os grupos de choque chavistas
Esta sequência mostra como as facções armadas aliadas a Maduro operam em colaboração com as forças de segurança
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1Esta sequência foi registrada durante os protestos de oposição ao Governo de Nicolás Maduro, no último dia 8 de abril, em Caracas, capital da Venezuela, mais exatamente na Avenida Francisco Solano, entre os municípios de Chacao e Libertador, este último governado pelo chavista Jorge Rodríguez. As fotografias, tiradas a partir do mesmo ângulo, mostram a intervenção das forças de segurança na manifestação e sua proximidade com os grupos armados aliados ao regime. Na imagem, um grupo de oficiais da Polícia Nacional Bolivariana enfrenta manifestantes da oposição. RAÚL ROMERO -
2Armados com bombas de gás lacrimogênio, os policiais enfrentam os opositores, que desde edifícios próximos atiram pedras e outros objetos. Esta nova onda de protestos começou no fim de março por causa das sentenças do Tribunal Superior de Justiça, que suspendeu as competências do Parlamento R. R. -
3Até este momento, a polícia atuava sozinha no controle da ordem pública durante o protesto. Em quase um mês, morreram 26 pessoas. R. R. -
4Os manifestantes fogem, diante do ataque dos policiais. Em Caracas, uma cidade castigada pela falta de segurança, é comum haver pouca presença policial nas ruas, exceto quando há protestos contra o Governo. R. R. -
5Um grupo de motociclistas armados e, na maioria, com rostos ocultos, começa a interferir na manifestação. R. R. -
6Um segundo grupo de civis armados faz uma incursão pela Avenida Francisco Solano para intimidar as pessoas que protestam. Muitos desses homens usam coletes à prova de balas e exibem armas de fogo. R. R. -
7Os civis armados começam a apontar contra os manifestantes. Na semana passada, Maduro anunciou seu objetivo de armar até 1 milhão de civis da Milícia Nacional Bolivariana. “Um fuzil para cada miliciano”, prometeu. R. R. -
8Os civis armados e um oficial de polícia começam a retirar escombros da via pública depois de reprimir os manifestantes R. R. -
9Mais policiais e militantes dos grupos chavistas se reúnem neste município da Grande Caracas. R. R. -
10Os agentes das forças de segurança e os civis armados retiram as barricadas colocadas por manifestantes da oposição. O primeiro grupo de civis chegou em motos de baixa cilindrada, carregando pistolas e vestidos de preto. Só um usava a macabra máscara da morte, semelhante à que usam os funcionários do DGCIM, a contra-inteligência militar. R. R. -
11Um dos homens armados que dispersou o protesto exibe uma máscara parecida com a utilizada por policiais venezuelanos durante a Operação de Libertação do Povo, um plano de segurança pública criticado por enfraquecer direitos na Venezuela. R. R. -
12Os membros dos grupos começam a se dirigir à Avenida Libertador em motocicletas – muitas delas sem placas – e de pistolas nas mãos. R. R. -
13Em 19 de abril, os grupos motorizados simpatizantes do chavismo também participaram da mobilização convocada pelo Governo como resposta à grande marcha organizada pela oposição. R. R. -
14Muitos dos crimes ocorridos durante as manifestações de oposição na Venezuela são atribuídos a esses grupos paramilitares do chavismo. R. R. -
15Há três anos esses bandos saíram de suas trincheiras, no bairro de 23 de Enero, em Caracas, para colonizar outros territórios. Suas intervenções armadas nos protestos da oposição coincidiram com a queda da popularidade de Maduro. R. R. -
16Em 2014, o vice-almirante Pedro Manuel Pérez, então comandante da Infantaria Marinha, advertiu em vários comunicados à ministra da Defesa, Carmen Meléndez, e ao resto do alto comando militar, sobre a suposta coordenação de grupos armados de Caracas com a polícia venezuelana para reprimir manifestações contra o Governo de Maduro. As acusações foram rejeitadas e a ministra ordenou o afastamento do vice-almirante. R. R. -
17O grupo de choque armado abandona o local do protesto. R. R. -
18Membros das gangues motorizadas exibem suas armas, até mesmo em situações em que não ocultam seus rostos. R. R. -
19Sobra um agente das forças de segurança junto aos restos da barricada erguida pela oposição. R. R.