4 fotosOs 5 piores filmes de Nicolas CageUma lista complicada de fazer já que o ator tem tomado decisões muito ruins nos últimos anosJuan Sanguino28 jan. 2017 - 17:42BRTWhatsappFacebookTwitterLinkedinLink de cópiaNicolas Cage se mete num filme que é um mero pretexto para exibir efeitos visuais que caducaram quando o filme ainda estava em cartaz. ‘O Aprendiz de Feiticeiro’ acabou virando um exuberante exemplo do pior de Hollywood: cinco roteiristas, mitos reciclados (no prólogo aparece o mago Merlim, como não poderia deixar de ser), um adolescente bonitão supostamente engraçado, cenas completamente azuis ou completamente alaranjadas (um contraste de cores oficialmente atrativo, segundo os psicólogos) e um erro colossal na escalação do elenco. Nicolas Cage leva seu personagem a sério demais, talvez por causa do cachê de 11 milhões de dólares. Ostenta uma cabeleira infame, repete o nome do seu aprendiz a cada frase (Dave) e coloca um gorro dois números maior do que deveria. E tudo isso sem um mínimo de ironia – exceto quando, para se camuflar, assume a identidade de um policial com um bigode idêntico ao que usara em ‘As Torres Gêmeas’. Um meta-Cage. O cinema se implodiu sobre si mesmo.A meio caminho entre ‘Morte ao Vivo’ e ‘Se7en – Os Sete Crimes Capitais’, este ‘thriller’ de mistério se baseia tanto no sadismo dos assassinatos gravados da vida real que se esquece de ser... misterioso. Nicolas Cage busca justiça com a ajuda de Joaquin Phoenix, que interpreta a um tatuadíssimo vendedor de vídeos caseiros com o cabelo azul e um desses nomes que simplesmente só existem nos filmes: Max California. O principal problema de ‘8 Milímetros’ é que, obcecado com seus efeitos, não consegue ir além do filme que você imagina quando lê a sinopse. Não há viradas, não há tensão, nem sequer há uma mega-atuação por parte de Cage. Tem que ser muito flácido um ‘thriller’ sobre os ‘snuff movies’ para que ninguém se lembre dele.A paixão de Cage pelos quadrinhos o levou a batizar seu filho de Kal-El, o nome original do Superman, e a protagonizar a adaptação de ‘Motoqueiro Fantasma’. Eis aí duas decisões questionáveis, que o perseguirão pela vida toda. Sua determinação em interpretar um herói maldito como se estivesse numa comédia, sua espiral de violência gratuita e o pacto com o demônio (interpretado por um Peter Fonda mais interessado em pagar a hipoteca) quase conseguem dar a volta no ridículo, se abastecer na vergonha alheia e rumar para o horizonte do prazer culpado. Mas fica no meio do caminho, sem satisfazer nem os leitores puristas da HQ nem os espectadores com excesso de tempo livre.A bancarrota perseguia Nicolas Cage, mas ele decidiu correr mais rápido – só que na direção errada. Está há 10 anos encadeando bombas dignas dos piores videoclubes, com argumentos inexistentes, perseguições que nunca mantêm o plano fixo por mais de dois segundos e, pois é, perucas mal colocadas. ‘O Imperador’, ‘Fator de Risco’, ‘O Apocalipse’, ‘O Resgate’, ‘Fúria Sobre Rodas’ e ‘Reféns’ soam como títulos inventados, mas existem. E todos são protagonizados por Cage. ‘Perigo em Bangkok’ é o mais decepcionante. Entretanto, o ator gostou tanto que não se conformou em desfrutar do filme na sala da sua casa, decorada com caveiras (isso é real), como ainda por cima produziu o seu próprio remake. Uma má decisão. Mas uma entre tantas.