18 fotosZidane, o sorriso do Real Madrid: 12 meses, 53 jogos, duas derrotas, três títulosO técnico foi apresentado em 4 de janeiro de 2016, em doze meses ganhou mais títulos (três) do que perdeu partidas (duas)Eleonora GiovioPablo PérezMadri - 04 jan. 2017 - 21:46BRTWhatsappFacebookTwitterLinkedinLink de cópiaEle chegou em 4 de janeiro de 2016, como treinador substituto, emergencialmente, para assumir o lugar de Benítez, sem ter experiência no banco da Primeira Divisão. Fez com que o Real Madrid se recompusesse e conquistasse a Champions League pela décima-primeira vez. Três meses depois, ganhou também a Supercopa da Europa e, no mês passado, um terceiro título, o do Mundial de Clubes. Nesta quarta-feira, contra o Sevilla na Copa do Rei, ele completou um ano como treinador da equipe, com o mesmo sorriso que o acompanha desde o primeiro dia.GERARD JULIEN (AFP)“Quero que os jogadores possam se divertir”, disse Zidane no dia da apresentação, quando prometeu trabalho, mais trabalho e esperança de conquistas. Os jogadores nunca tiveram feeling com Benítez. O técnico francês conquistou-os sem mostrar preferência por nenhum.LUIS SEVILLANOZidane comandou a primeira partida em 10 de janeiro de 2016. O Real Madrid goleou o Deportivo por 5-0. “Prefiro o estresse do jogo ao que senti no dia da apresentação”, disse nesta terça-feira, quando lhe perguntaram do que se lembrava sobre o primeiro dia no clube.MARISCAL (EFE)Philippe Bordas, o fotografo francês que seguiu Zidane com sua câmera em seus últimos 100 dias como jogador, diz que o técnico tem o olhar de Clint Eastwood. Introvertido, tímido e calado quando era jogador, o Zidane treinador surpreendeu todo mundo no clube pela desenvoltura nas entrevistas coletivas, sempre se mostrando falante e sorridente.PHILIPPE BORDASZidane dirigiu 53 partidas e só perdeu duas: a primeira e última no Campeonato Espanhol foi contra o Atlético, no final de fevereiro.GONZALO ARROYO MORENO (GETTY)Contra o Wolfsburg, nas quartas da Champions, o Real Madrid perdeu por 2-0 na Alemanha. Foi o primeiro grande susto de Zidane na mudança rumo à Décima-Primeira. No jogo de volta, no Bernabéu, os merengues viraram o jogo com o triplete de Cristiano Ronaldo.LUIS SEVILLANOEm sua primeira visita ao Camp Nou como técnico, em 2 de abril, Zidane conseguiu uma vitória. O Real Madrid virou o jogo e ganhou por 2-1. Não havia muita coisa em disputa, mas as 12 vitórias seguidas do conjunto branco na segunda etapa do Espanhol obrigaram o Barcelona a lutar até o final.PAUL GILHAM (GETTY)No San Siro, em 28 de maio, Zidane conseguiu a Champions cinco meses depois de sua chegada ao time. O Real Madrid derrotou o Atlético na disputa de pênaltis. Os jogadores concordaram que a chave foi o bom ambiente proporcionado pelo técnico francês.ALEJANDRO RUESGABenítez não teve empatia com nenhum jogador do Real Madrid nos seis meses que durou sua aventura em Chamartín. Zidane, por sua magia quando era jogador, seu passado nos gramados, sua proximidade e confiança, sempre foi visto com outros olhos.ALEJANDRO RUESGAPerguntaram a Zidane sobre a melhor e a pior recordações em seus primeiros 12 meses no comando. “A melhor, a Champions. Não é fácil ganhá-la e não é algo que vai me acontecer 20 vezes na vida. A pior? Não tenho, a verdade é que não tenho. Só vejo as coisas positivas.”ALEJANDRO RUESGAEm julho, o técnico francês começou a temporada do zero. Contratou o preparador físico que teve na Juventus em sua época de jogador (Antonio Pintus) e deu início à temporada 2016-2017. Sempre reivindicou a importância do trabalho. “Se trabalhamos muito, e com paixão, as coisas não podem dar errado.”ANDRE PICHETTE (EFE)Na Noruega, em 9 de agosto, Zidane conseguiu o segundo título após derrotar o Sevilha na Supercopa. Precisou, claro, de outra superação. O Real Madrid fez o primeiro com Asensio e o Sevilha virou o placar marcando dois. Sergio Ramos empatou no minuto 92, forçando a prorrogação, e Carvajal anotou o gol da vitória.NED ALLEY (EFE)Depois de um bom início de temporada, o Real Madrid colecionou quatro empates seguidos no Campeonato Espanhol e na Champions. Villarreal, Las Palmas e Eibar lhe tiraram seis dos nove pontos. O Borussia tascou-lhe outros dois em Dortmund. O técnico não perdeu o controle. Continuou repetindo que a competição é muito longa, que trabalharia para corrigir as falhas e que sempre haveria momentos complicados.JUAN MEDINA (REUTERS)A FIFA indicou Zidane ao prêmio de melhor técnico do ano, ao lado de Claudio Ranieri (Lericester) e Fernando Santos (Portugal). “O normal seria que eles levassem o prêmio. Eu acabo de começar e tenho que melhorar em tudo”, disse.P. PHILIPPE MARCON (AFP)Leo Beenhakker conseguiu ficar 34 jogos sem perder na temporada 1988-89. Zidane igualou-o no duelo Real Madrid-Borussia e o superou três dias depois com a vitória contra o Deportivo. Contando as partidas do Mundial de Clubes, seu recorde é agora de 37.SUSANA VERA (REUTERS)O Japão não é um país com muita tradição no futebol, mas Zidane foi recebido como uma estrela no Mundial de Clubes. Em Yokohama, o Real Madrid conquistou o terceiro título da temporada após superar o América na semifinal e o Kashima na final.FRANCK ROBICHON (EFE)Comandar o Real Madrid, função que normalmente desgasta qualquer um pela pressão e a exigência, parece não ter tido esse efeito com Zidane. “Sim, há pressão, desgaste, estresse... e sempre existirão até o dia em que eu for embora. Outra coisa é a percepção de que existem. Mas olhem para mim hoje. não tenho voz e estou cansado por dentro, não encontrei uma forma de dormir bem desde que chegamos aqui”, dizia o técnico na última coletiva do ano após ganhar o Mundial.FRANCK ROBICHON (EFE)É assim como os jogadores definem Zidane quando falam dele. “Nos entendemos com um olhar. Desde que Zizou chegou, o ânimo do grupo mudou. Ele sabe gerir bem o vestiário e explorar as virtudes de cada um. A chave é que sabe trasladar o talento que tinha como jogador, e adoramos que esteja no comando deste barco”, diz o central e capitão do Madrid.TOSHIFUMI KITAMURA (AFP)