8 fotosOs desenhos inéditos de Frans PósO artista viajou em 1637 à colônia holandesa no Brasil com o príncipe João Maurício de Nassau, a quem se deve a Galeria Mauritshuis 08 set. 2016 - 18:46BRTWhatsappFacebookTwitterLinkedinLink de cópiaOs 34 desenhos, todos estudos de animais, vêm de um álbum do século XVII doado ao arquivo da Holanda do Norte em 1888 e seguramente fizeram parte do arquivo durante séculos, passados por alto até que Bruin os encontrou em 2010. Na imagem, um bicho-preguiça com a inscrição: "mede 0,7 metros de tamanho. É tão lento que precisa de mais de um dia para subir a uma árvore na qual cresce seu alimento, e portanto sofre de fome."A exposição 'Animals in Brazil', do Rijksmuseum (Amsterdã), reúne 24 desenhos a cor pintados com guache ou aquarelas e dez esquemas em grafite, um mapa de parede e animais reais dissecados, que foram fornecidos por museus como o Louvre (Paris), o Boijmans Van Beuningen (Roterdã) e a Fundação Estudar (São Paulo). Na imagem, um desenho de uma capivara em grafite.Quando Pós regressou à Holanda, continuou desenhando paisagens brasileiras, que vendiam muito bem. Estes estudos proporcionam o elo perdido entre a viagem de sete anos ao Brasil e as pinturas que produziu até seu regresso. Na imagem, uma vista do rio São Francisco pintado em óleo sobre tela.Alexander de Bruin, curador da coleção de arquivo, argumenta que os desenhos com suas inscrições têm um imediatismo especial, como se estivéssemos olhando sobre o ombro de Pós enquanto registra a fauna do Novo Mundo. Na imagem, um tatu amarelo pintado a guache e tinta cinza sobre grafite."Suricates, de pouco mais de meio metro de tamanho, têm um gênio muito ruim, podem pular de árvore em árvore de uma grande distância e, ao disparar-lhes, enroscam a calda ao redor de um ramo e ficam pendurados mortos".Na imagem, um jaguar pintado com guache e aquarela, desenhado com tinta negra sobre grafite. Na inscrição diz: "Um tigre, tão grande como um bezerro comum, muito feroz e forte. Desta espécie há alguns que são de cor preta."Quando, em 1637, Johan Maurits de Nassau chegou como governador da colônia holandesa do Brasil, se entendeu como um símbolo de expansão e reestruturação da colônia. Nassau apontava alto e sempre dizia: “Tão longe como se estenda o mundo”. Construiu pontes, casas e palácios, e a arte da época indiretamente dava tributo a Johan Maurits. Na imagem, vista de Olinda pintada em óleo sobre tela.A descoberta foi tão inesperada que requereu uma investigação posterior para determinar se os desenhos eram realmente de Pós. Membros do Noord-Hollands Archief e do Rijksmuseum trabalharam juntos na investigação. Na imagem, um urso hormiguero gigante pintado a gouache e tinta negra sobre grafite. Sobre a inscrição diz: "Um urso formigueiro gigante, do tamanho de um porco. Lança-se sua calda sobre seu corpo e dessa maneira cria armadilha às formigas que ficam coladas a sua língua, que é muito longa e fina".