Amazon abre sua primeira livraria
Gigante do comércio, que começou vendendo livros online, estreia loja em Seattle
Estantes repletas de livros. Esta é a última novidade da Amazon, a gigante do comércio eletrônico que começou há 20 anos vendendo livros pela Internet e que, na manhã desta terça-feira, abriu a primeira loja dedicada ao produto.
A empresa inaugurou seu primeiro ponto de vendas físico num shopping de Seattle, onde está a sede da empresa de Jeff Bezos. O nome da loja mantém a simplicidade habitual: Amazon Books. Conta com 6.000 títulos, segundo o The Seattle Times, único jornal que teve acesso à loja. A empresa planeja realizar um acompanhamento dos clientes para saber quais títulos chamam mais sua atenção e, desse modo, conhecer melhor os segredos para ter uma lista de sucesso.
Jennifer Cast, vice-presidente da Amazon Books, acredita que o lançamento da loja física é fruto da longa experiência da empresa no setor. “Aplicamos os conhecimentos adquiridos durante 20 anos vendendo livros online numa loja, integrando os benefícios da compra na internet ao mundo físico”, explica Cast no blog da empresa.
A escolha dos livros expostos foi feita com base na avaliação das pessoas que os compraram pela internet, na quantidade de reservas prévias ao lançamento e na popularidade alcançada na Goodreads, uma rede social de leitores também de sua propriedade. Além disso, a loja recebe conselhos de assessores.
Mas abertura do ponto de venda não está livre de polêmicas. O setor livreiro acusa a Amazon de fechar cada vez mais lojas com sua agressiva política de preços. A equipe de Bezos sempre defendeu que seu papel é fruto dos avanços tecnológicos. No entanto, vários editores pediram ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos que estude as técnicas da Amazon relativas aos preços, já que desrespeitaria as recomendações da indústria ao fazer descontos de até 40%.
A loja física oferece os mesmos livros da internet, além de aparelhos como o livro eletrônico e o kindle, passando pela FireTV –que permite ver conteúdo multimídia e séries da televisão.
Deborah Bass, porta-voz da Amazon, disse ao portal especializado em tecnologia Cnet que não sabe ao certo se este será o futuro da empresa, mas garantiu que tem grande esperança na loja.
Assim, a Amazon se junta à Microsoft e à Apple – que abriu a primeira loja física em 2001. A Microsoft se gaba de ter em suas 110 lojas os últimos lançamentos de Manhattan. A da Amazon, situada entre lojas da GAP e Banana Republic e outra de utensílios de cozinha, abrirá todos os dias, com exceção dos feriados de Natal e Ação de Graças, das 9h30 às 21h00. Nos domingos, das 11h às 18h. Conta com 15 funcionários, segundo o The Seattle Times, que trabalhavam nas poucas livrarias locais que ainda funcionam no berço do movimento grunge.
Embora a Amazon tenha máquinas de venda de livros em aeroportos, assim como lojas temporárias em centros comerciais, este é seu primeiro espaço permanente onde o livro é o protagonista. Detalhe: não é possível buscar ali as compras feitas pela internet.
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