Supremo manda arquivar denúncia contra único tucano da Lava Jato
O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) havia sido citado em depoimento
O Supremo Tribunal Federal determinou nesta sexta-feira o arquivamento do inquérito aberto para investigar o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). Ele era o único tucano da lista de 50 políticos investigados na operação Lava Jato. O ministro Teori Zavascki, relator do caso, acatou o pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que considerou não existirem indícios suficientes para prosseguir com a investigação. É o primeiro arquivamento de um caso pelo Supremo no âmbito da Lava Jato envolvendo políticos com foro privilegiado.
Anastasia, que é ex-governador de Minas Gerais, foi citado pelo policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca, que disse ter entregue 1 milhão de reais em 2010 a mando do doleiro Alberto Youssef para uma pessoa. Inicialmente o policial disse não saber quem era o destinatário dos recursos, mas depois afirmou que a pessoa se parecia com o tucano. Youssef nega o repasse para o senador, que também refutou qualquer envolvimento com o caso.
O caso de Anastasia expõe uma divergência no entendimento do MPF e da Polícia Federal, uma vez que a PF havia pedido em agosto para dar prosseguimento à investigação. No mesmo mês Janot se manifestou favoravelmente ao arquivamento. Segundo os agentes, uma denúncia entregue à Presidência da República repassada a eles trouxe informações sobre o local do suposto pagamento, e após averiguação concluiu-se que haviam indícios de relação entre os moradores e o senador.
Até o momento, a Procuradoria já ofereceu denúncia contra dois políticos com foro privilegiado: o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o senador Fernando Collor (PTB-AL).
Tucano investigado fora da Lava Jato
Em setembro o STF autorizou a investigação do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do senador Aloysio Nunes (PSDB), atendendo a pedido do procurador-geral da República. Apesar de o pedido de abertura de inquérito ter sido feito a partir de depoimento de delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, no âmbito da Lava Jato, as investigações autorizadas dizem respeito a infrações eleitorais, sem relação direta com o caso Petrobras.
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