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Supremo ordena sequestro de 2,4 milhões de dólares de Cunha na Suíça

Ministro Zavaski também autorizou a procuradoria a investigar o presidente da Câmara

Cunha no Congresso nacional no dia 15 de outubro.
Cunha no Congresso nacional no dia 15 de outubro.Andressa Anholete (AFP)

O Supremo Tribunal Federal ordenou nesta quinta-feira o bloqueio e sequestro de 2,4 milhões de dólares de quatro contas suíças atribuídas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, por suspeita de que essas contas tenham sido usadas para receber subornos. Os fundos, que já tinham sido bloqueados pelas autoridades suíças, serão transferidos ao Brasil, conforme decretou o ministro Teori Zavascki.

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Paralelamente, o magistrado autorizou a procuradoria a investigar Cunha, que negou reiteradamente a existência dessas contas, por crime de evasão de divisas. O Supremo já tinha ordenado outra investigação contra Cunha por suspeita de que ele tenha recebido subornos procedentes de recursos da Petrobras, estatal imersa em um grande escândalo de corrupção que, segundo cálculos da empresa, implica em um prejuízo de cerca de 2 bilhões de dólares.

Devido a essas acusações, um grupo de deputados apresentou, na semana passada, uma moção no Conselho de Ética do Congresso com o objetivo de destituir o presidente da Câmara. Cunha negou todas as acusações e as atribuiu a uma “perseguição” promovida pelo Governo para desprestigiá-lo e desgastá-lo politicamente.

O presidente da Câmara é um dos principais protagonistas da grave crise política no Brasil porque tem a prerrogativa constitucional de aceitar ou rejeitar os pedidos de julgamento com fins de impeachment apresentados contra a chefa de Estado, Dilma Rousseff.

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