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Adolescente de 15 anos é a 19ª vítima fatal da chacina de Osasco

Força-tarefa montada para investigar o caso ainda não chegou a uma conclusão

Gil Alessi
Flores em frente a um dos locais do crime em Osasco.
Flores em frente a um dos locais do crime em Osasco.Z. Fraissat/Folhapress

A jovem Letícia Vieira, de 15 anos, se tornou a 19a vítima fatal da chacina ocorrida em Osasco e Barueri na noite de 13 de agosto. Baleada no estômago no dia do crime, ela estava internada no Hospital Regional de Osasco, mas não resistiu a uma infecção abdominal decorrente dos ferimentos. A secretaria estadual da Saúde divulgou nota afirmando que ela morreu por volta da meia noite desta quinta-feira. Um outro jovem vítima do crime recebeu alta no sábado, e outros três continuam internados.

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A principal suspeita da força-tarefa montada pelo Governo do Estado para investigar o caso é que o crime tenha sido uma retaliação de policiais militares contra a morte de um colega de farda dias antes, durante um assalto a um posto de gasolina. A corregedoria da corporação investiga 19 pessoas por suspeita de envolvimento no crime, sendo que 18 seriam PMs.

Um deles, o soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Fabrício Emmanuel Eleutério, já responde a outros cinco processos por mortes suspeitas após intervenção policial, e está detido administrativamente. Os casos somam quase dez mortes. Ele teria sido reconhecido por testemunhas da chacina de Osasco por meio de foto, e acredita-se que ele integre um grupo de extermínio. A advogada do soldado, Flavia Magalhães Artilheiro, nega as acusações.

Até o momento, mais de 50 policiais militares lotados em batalhões que atendem Osasco e Barueri que estavam trabalhando na noite do crime já foram ouvidos, e a corregedoria apreendeu as armas de 17 membros da tropa para serem periciadas. Testemunhas informaram que viaturas da polícia deram cobertura aos criminosos, e recolheram cápsulas de munição. Integrantes da Guarda Civil Metropolitana também são investigados por suspeita de participação no caso, já que um guarda também foi morto nos dias que antecederam o crime.

Na semana passada, na noite em que se completaram sete dias da chacina, familiares e amigos das vítimas se reuniram em frente a um bar onde oito pessoas foram mortas, em Osasco, para pedir justiça.

 

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