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Grupo PRISA, que edita o EL PAÍS, aumenta seu lucro em 12,2%

Resultado consolida fase de crescimento com melhora da publicidade e redução da dívida

Junta de acionistas do Grupo Prisa em abril de 2015.
Junta de acionistas do Grupo Prisa em abril de 2015.Gorka Lejarcegi

O Grupo PRISA (editor de EL PAÍS) consolidou no primeiro semestre do ano sua recuperação, continuando no caminho do crescimento das receitas e da rentabilidade, e reduzindo significativamente o perfil de riscodepois do fechamento da venda do Canal+ à Telefónica. Nos seis primeiros meses de 2015, excluindo efeitos extraordinários e taxa de câmbio, as receitas de exploração cresceram 2,3%, até 650,9 milhões de euros (2,28 bilhões de reais) e o Ebtida (lucro operacional, sem levar em consideração os efeitos financeiros e dos impostos) ajustado aumentou 12,2%, até 108,7 milhões de euros.

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O grupo de comunicação obteve um lucro líquido de 10,68 milhões de euros no primeiro semestre de 2015, enquanto no mesmo período do ano passado havia registrado perdas de 2,16 bilhões de euros, segundo as informações prestadas pela empresa à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV).

As receitas publicitárias do grupo aumentaram entre janeiro e junho 5,7% na Espanha, apesar de no segundo trimestre ter ocorrido uma certa estagnação por causa da comparação com 2014, quando foi realizada a Copa do Mundo. Nesse segmento, a divisão de rádio na Espanha cresceu 8,9% e foi registrada expansão tanto em publicidade local (+10,1%), como em publicidade em rede (+4,5%).

A imprensa confirma a mudança de tendência, crescendo 3,6% (com uma queda de 1,7% no convencional e uma expansão de 21,4% online). As receitas publicitárias de EL PAÍS aumentaram 8,4%. Em Portugal, as receitas publicitárias da Media Capital se mantiveram praticamente estáveis (+0,4%), com diferentes comportamentos entre a TVI (-0,1%) e Rádio (+8,5%).

As atividades na América Latina continuam com evolução favorável. Em Educação, as campanhas da Área Sul foram encerradas em sua totalidade mostrando um comportamento sólido: as receitas na região cresceram 18%, enquanto as receitas ajustadas aumentaram 1%. Continua a fragilidade no Chile e na Colômbia, compensada pela boa evolução no México e na Argentina. A evolução das taxas de câmbio no ano teve um impacto positivo nas receitas ajustadas, de 10 milhões de euros, e no Ebtida, de 10,5 milhões de euros. Esse impacto será revertido no final do ano se forem mantidas as atuais taxas de câmbio.

A publicidade digital ajustada aumentou 16,2% no primeiro semestre do ano e no negócio de imprensa já representa 35,1% das receitas publicitárias. A média mensal de usuários individuais das páginas do grupo na Internet cresceu 39%, alcançando mais de 118 milhões em junho.

O grupo acelerou a transformação digital e, em razão disso, as receitas ajustadas para esse conceito aumentaram 15,3%, até alcançar 94,7 milhões de euros. Os Sistemas de Educação Digitais (UNO e Compartir) continuam seu desenvolvimento e crescimento na América Latina, totalizando 815.212 alunos (+29%).

O PRISA prosseguiu com o esforço de redução de dívida depois do fechamento da operação do Canal+, em 30 de abril. Dessa forma, a dívida bancária líquida se reduziu em 681 milhões, passando de 2,58 bilhões de euros em dezembro de 2014 para 1,9 bilhão em 30 de junho de 2015.

O grupo explicou que a melhora da publicidade na Espanha, os bons resultados das campanhas educacionais da Área Sul, o crescimento das receitas de transformação e o continuado esforço de controle de custos impulsionam o crescimento operacional orgânico e compensam a piora do comportamento da rádio na América Latina, a queda dos anúncios da Media Capital e o atraso das campanhas de educação na Espanha.

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