Crescimento dos Estados Unidos diminui no quarto trimestre
Expansão da atividade econômica ficou em 2,2% do PIB, quatro décimos de ponto a menos Para o ano de 2014, a previsão continua em 2,4%
![Homem vestido de Estátua da Liberdade na Times Square, em Nova York.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/MUTQN7ZDVOS6GBUUMKXOANVTWI.jpg?auth=ba56b9ca0c5dec31d170d84324217dade825660e91f870c82d22efeec92ac4d4&width=414)
Os Estados Unidos pecaram pelo excesso de otimismo. A expansão econômica diminuiu mais que o previsto no quarto trimestre, para uma taxa anualizada de 2,2% do produto interno bruto (PIB). São quatro décimos de ponto percentual a menos do que o estimado na primeira leitura do indicador, distanciando-se dos 5% do trimestre anterior. O crescimento para 2014 inteiro se manteve em 2,4%, como previsto.
O ano termina assim com crescimento abaixo do potencial, embora ligeiramente acima dos 2,2% do exercício de 2013. Os dados do quarto trimestre estão sujeitos ainda a uma nova revisão antes de serem definitivos. O desempenho da economia teria sido melhor em 2014 se não fosse o efeito das nevascas, que provocaram contração de 3% no início do ano.
A atividade econômica deu forte virada nos trimestres seguintes, com uma taxa média no semestre de 4,8%, solidez que não era vista havia 11 anos. Na reta final, houve forças opostas. A criação de empregos e a queda do preço da gasolina deram impulso pelo lado do consumo, mas a alta do dólar e a debilidade internacional prejudicaram as multinacionais.
O consumo cresceu 4,2% no trimestre, a melhor taxa desde 2010. A revisão para baixo do indicador ocorreu porque as empresas acumularam estoques em ritmo menor que o esperado, o que pode indicar que a demanda não será tão robusta. Também houve o efeito da balança comercial. As exportações aumentaram 3,2%, mas as importações subiram 10,1%.
Janet Yellen, presidenta do Federal Reserve (o banco central norte-americano), afirma que as taxas de juro vão subir este ano nos EUA. Ainda existe a possibilidade de que isso aconteça em junho. Mas assim como há fatores positivos, outros não estão tão claros, como o mercado imobiliário, o que pode levar a alta a ser feita mais para perto de setembro ou até mais para o final do ano.
Por ora, não parece que o risco de inflação seja um problema. Os preços caíram 0,7% em janeiro, a maior redução num mês desde 2008. A taxa anual ficou negativa em 0,1%, algo que não acontecia desde o final de 2009. Também não se vê risco de inflação via salários com o crescimento econômico e a criação de empregos.
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![Homem caminha pela Times Square.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/5OFPXKIW6FVZOWFHOEUVCDVZIY.jpg?auth=fa34a47a83ed08cd971ace2c8f8661d2b71c39875d6b103cbec2f2a12768a6e4&width=414&height=311&smart=true)