Beija-Flor é campeã do Carnaval do Rio com enredo que enaltece ditadura
Escola leva título com homenagem à Guiné Equatorial, que vive ditadura há 35 anos
Uma homenagem à Guiné Equatorial consagrou a Beija-Flor como a campeã do Carnaval do Rio de 2015. Mas o título não foi livre de polêmica: a escola teria recebido um patrocínio milionário do presidente Teodoro Obiang, que comanda o país africano há 35 anos e teria investido 10 milhões de reais no enredo “Um griô conta a história: um olhar sobre a África e o despontar da Guiné Equatorial. Caminhemos sobre a trilha de nossa felicidade”.
Esse é o 13º título da agremiação, que obteve 269,9 pontos (o máximo possível são 270), e ficou quatro décimos à frente da segunda colocada, a Salgueiro. A Viradouro foi a escola rebaixada para o grupo de acesso, com com 263,7 pontos.
A vitória da Beija-Flor gerou polêmica, pois enaltece o país africano que há décadas é comandado por Obiang, oitavo governante mais rico do mundo e considerado um dos mais corruptos do mundo. A escola admitiu ter recebido financiamento da Guiné Equatorial, mas não confirmou o valor revelado pela reportagem do jornal O Globo.
Não foi a primeira vez que um enredo da Beija-Flor causou polêmica. A agremiação campeã já teve em sua história algumas apresentações pouco memoráveis, como exaltações à ditadura brasileira na década de 1970.
Ao portal de notícias G1, o presidente da Beija-Flor, Farid Abraão, negou que o enredo exaltasse o regime ditatorial do país. "A gente pegou um enredo para falar de um país africano, um país que até então muita gente não conhecia. Nossa questão aqui é carnaval. O regime não nos compete".
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