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São Paulo nunca vai virar as costas ao Brasil, diz Alckmin em posse

Ao assumir quarto mandato, governador menciona crise de água e cita Mário Covas Luiz Fernando Pezão assume Rio de Janeiro prometendo privilegiar educação

R. Borges
Alckmin discursa ao tomar posse.
Alckmin discursa ao tomar posse.Bruno Santos (SP Notícias)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deu início nesta quinta-feira ao seu quarto mandato à frente do estado, para o qual foi reeleito com autoridade, ainda no primeiro turno, mas em que deve enfrentar os mesmo problemas que vinha combatendo no terceiro Governo, em especial a crise hídrica no estado. Em discurso de 15 minutos no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo, o governador tucano fez um balanço das conquistas de seu Governo, destacando o rigor fiscal e os investimentos de 74 bilhões de reais realizados ao longo daquele que foi seu terceiro mandato — Alckmin assumiu o estado pela primeira vez em 2001, após a morte do então governador Mario Covas, e foi reeleito em 2002 para seguir no cargo até 2006.

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"Muito avançamos. Mas de nada adianta se não continuarmos seguindo adiante, enfrentando os desafios que transformam São Paulo na terra da superação", disse o governador, evitando o tema da crise héidrica. Mais tarde, ao discursar no palácio do Governo, Alckmin mencionou a crise da água para destacar o papel da população na questão: "Ser paulista é enfrentar os desafios com trabalho, união, solidariedade, como estamos enfrentando a pior crise hídrica da nossa história. A participação da população no enfrentamento da crise da água comprova que a união é a força de São Paulo".

Durante as cerimônias de posse, o governador citou feitos como a redução do endividamento do estado, o aumento da expectativa de vida e a diminuição das taxas de mortalidade infantil e de homicídios, e finalizou seu primeiro discurso do dia citando uma frase de Mário Covas: "São Paulo não pode esperar um dia, um minuto para oferecer ao país a sua parcela de luta. São Paulo nunca vai virar suas costas para o Brasil”.

Além de Alckmin, o principal governador entre os partidos de oposição ao Governo federal, outros 26 governadores foram empossados nesta quinta-feira. No Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que foi eleito após substituir Sérgio Cabral no comando do estado, disse em discurso na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que “o Rio mudou, mas não temos a utopia que vencemos todas as batalhas. Meu objetivo é manter as conquistas e tentar ampliá-las”. Mais tarde, ao falar no Palácio da Guanabara, sede do Governo, Pezão prometeu privilegiar a educação integral.

Na Bahia, o novo governador, Rui Costa, também dá continuidade a uma gestão — ele foi o candidato escolhido para dar continuidade ao trabalho do petista Jaques Wagner, que assume o Ministério da Defesa. Costa prometeu não “ser um gerente”: “Levarei a voz dos baianos, dos nordestinos, ao plano nacional”. Já em Minas Gerais, onde o o PT impôs ao tucano Aécio Neves uma das derrotas mais doloridas na última eleição, o ex-ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel tomou posse prometendo “mudar o conceito de Governo” no estado: “Não vamos governar trancados nos gabinetes”.

Outro governo com troca importante no comando é o do Distrito Federal, onde o senador Rodrigo Rollemberg assumiu em meio a uma conturbada transição com o Governo Agnelo Queiroz. Em discurso de mais de 30 minutos, Rollemberg destacou a crise financeira e orçamentária por que passa o DF, que motivou protestos populares nas últimas semanas e ameaçou inclusive a festa de fim de ano na capital do país, e disse ter a educação como prioridade. "As dificuldades não são maiores que o meu desejo de servir Brasília”, disse.

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