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As mulheres lideram a pressão por serviços públicos de qualidade

Com o peso cada vez maior na economia, o eleitorado feminino vem moldando a pauta de demandas da sociedade, que incluem de creche a mais segurança

Marina cumprimenta uma eleitora em Recife, no dia 17.
Marina cumprimenta uma eleitora em Recife, no dia 17.PERCIO CAMPOS (EFE)

Nos últimos dez anos, o número de mulheres no mercado de trabalho apresentou um crescimento mais expressivo do que o dos homens. Segundo Renato Meirelles, da agência Data Popular, a chamada classe C ou a nova classe média brasileira só existe graças à ida da mulher para o mercado de trabalho. “A cada 100 reais numa família de classe A, 25 reais vem do trabalho da mulher. Na classe C de cada 100 reais, 41 reais vem do trabalho feminino”, diz Meirelles.

Por isso, essa mulher passou a ter uma demanda de um conjunto de serviços públicos que antes não tinha. Como por exemplo, ter creche com horário estendido. E um transporte público que funcione para poder usufruir da creche. “Se a creche fecha às 18h, e eu saio do meu trabalho às 17h, eu não consigo chegar para pegar meu filho. O tempo no transporte público é algo muito forte”, completa.

Meirelles não tem dúvidas de que a maior pressão pela melhoria dos serviços públicos que está na pauta do dia nestas eleições vem mais das mulheres. “É a mulher que cuida da família. É a mulher que cuida do filho, quando tem que levar no posto de saúde.” Isso vale inclusive para o a cobrança por uma política de segurança. E ainda, a expectativa de que o Estado seja forte para atender a essas demandas.

Seria, então, uma coincidência que a disputa eleitoral tenha duas mulheres como fortes candidatas à presidência no Brasil? O presidente da Data Popular acredita que elas lideram as demandas sociais, porém, não associa o voto a uma questão de gênero. “Consigo associar voto de gênero a questões mais relacionadas a bandeiras mais sociais, mais próximas de proteção à família”, explica.

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