14 fotosUm exército de cegos no semiárido brasileiroAlagoinha do Piauí, o município com mais analfabetos do país, é refém da falta de investimentos e do desvio de dinheiro público 27 mai. 2014 - 15:06BRTWhatsappFacebookTwitterBlueskyLinkedinLink de cópiaNo município, 44% das pessoas com mais de 15 anos não sabem ler e escrever. Um número bem maior do que a média do Brasil (8,7%).Toni PiresAlunos saem da escola de Alagoinha do Piauí.Toni PiresAluna chega à escola em bicicleta do programa Pedala Piauí, que distribuiu 150 unidades delas na cidade para que os alunos de áreas mais distantes pudessem se locomover até as aulas.Toni PiresAlunos na praça central de Alagoinha do Piauí se reúnem antes das aulas.Toni PiresEscola na área rural de Alagoinha do Piauí.Toni PiresEscola na zona rural de Alagoinha do Piauí. Algumas das salas de aula não têm forro no teto, o que faz com que muitas carteiras sejam atingidas por fezes de passarinhos.Toni PiresDas treze escolas municipais de Alagoinha, dez têm classes multisseriadas, onde a mesma professora dá aula para classes de séries diferentes ao mesmo tempo. Na sala de aula da foto, estudam pela manhã alunos dos três primeiros anos do fundamental e, à tarde, alunos do quarto e quinto ano.Toni PiresBanheiro de uma escola rural de Alagoinha. Em algumas unidades, baldes têm que ser usados como descarga. Nesta escola da foto, os vasos sanitários são novos -até dois meses atrás, um buraco no chão era usado pelos estudantes para fazer as necessidades.Toni PiresAlunos da zona rural brincam com bicicleta dada pelo programa Pedala Piauí.Toni PiresAo fundo, a analfabeta Josefa Maria de Sá, de 31 anos, que não pode estudar porque teve que trabalhar desde os cinco anos na roça. Em primeiro plano, o filho dela João Neto de Sá, 11, que frequenta a escola e não trabalha.Toni PiresCarteiras velhas que foram descartadas e "guardadas" em uma árvore dentro de uma escola.Toni PiresLucivânio Luis de Sá e Maria Eduarda de Carvalho, ambos de 10 anos, que estudam no quinto ano de uma escola multisseriada, que divide a professora com os estudantes do quarto ano, que tem dois estudantes analfabetos. “Quando tem prova, temos que terminar a nossa e depois ler as questões para eles responderem”, conta o menino.Toni PiresEstudantes do período noturno têm que se deslocar da zona rural para a escola no centro da cidade, única com ensino médio. A falta de transporte adequado faz com que eles sejam recolhidos por caminhonetes, onde, nas caçambas, percorrem trajetos de mais de uma hora por ruas de terra.Toni PiresHomem perto de uma escola na zona rural de Alagoinha do Piauí.Toni Pires