A inflação sobe em abril na Europa, mas não consegue sair da “zona de perigo”
O IPC da Espanha passa a ser positivo com um avanço de 0,4%, segundo dados preliminares O dado para toda a zona do euro mostra um salto de 0,5% para 0,7%, menos do que o previsto
A inflação voltou à Espanha em abril e subiu na Europa, mas abaixo do esperado. Em primeiro lugar, segundo o INE, o IPC passou de 0,1% em março para 0,4%. Na eurozona, Eurostat calcula que o índice que mede a evolução dos preços subiu de 0,5% para 0,7%. Em ambos os casos, portanto, continua abaixo de 1%, faixa que o próprio Mario Draghi, presidente do BCE, qualificou como “zona de perigo”.
Na Espanha, a variação para cima se deve principalmente ao aumento dos preços dos serviços turísticos por causa da Semana Santa e à estabilidade dos preços da eletricidade e dos combustíveis e lubrificantes, contrastando com a queda que tiveram em 2013. Se os dados preliminares se confirmarem quando o INE publicar o dado definitivo dentro de algumas semanas, será o primeiro aumento desde dezembro e a primeira vez que o indicador supera o patamar de 0,3% desde setembro do ano passado.
A variação do indicador do IPCA desde o início do ano até abril ficou, segundo o dado preliminar, em 0,3% em abril, e se o dado for confirmado, representaria também um aumento de cinco décimos com relação ao mês anterior. A evolução da taxa mensal, por sua vez, ficou em 0,6% no quarto mês do ano.
O fenômeno de inflação baixa não é exclusivo da Espanha , já que se estende pela eurozona. Isso motivou um aumento da pressão sobre o BCE para que tome medidas dirigidas a reanimar os preços, já que, caso contrário, estes poderiam frear a incipiente recuperação econômica.
Os dados publicados nesta quarta-feira por Eurostat também mostram um aumento de dois décimos na inflação, de 0,5% em março para 0,7% em abril. Esse avanço, que já havia sido previsto pelo efeito de variação dos preços que ocorre na Semana Santa, não chega, entretanto, a atingir as previsões dos dirigentes comunitários, que estimavam que o indicador se situaria em 0,8%. Assim, apesar da leve melhora, o resultado continua sendo insatisfatório, já que não atinge os níveis previstos nem consegue situar-se acima de 1%, o que representa manter-se na “zona de perigo” de deflação que o presidente do BCE, Mario Draghi, está tentando afugentar há vários meses.
Os setores que tiveram a maior alta de preços foram os serviços, os alimentos, as bebidas alcóolicas e o cigarro, enquanto os preços da energia recuaram 1,2%. O cálculo do indicador europeu baseia-se nos dados preliminares fornecidos pelos Estados membros e na informação sobre a evolução do preço da energia. O dado de abril será divulgado por Eurostat no próximo dia 15 de maio.
Tu suscripción se está usando en otro dispositivo
¿Quieres añadir otro usuario a tu suscripción?
Si continúas leyendo en este dispositivo, no se podrá leer en el otro.
FlechaTu suscripción se está usando en otro dispositivo y solo puedes acceder a EL PAÍS desde un dispositivo a la vez.
Si quieres compartir tu cuenta, cambia tu suscripción a la modalidad Premium, así podrás añadir otro usuario. Cada uno accederá con su propia cuenta de email, lo que os permitirá personalizar vuestra experiencia en EL PAÍS.
En el caso de no saber quién está usando tu cuenta, te recomendamos cambiar tu contraseña aquí.
Si decides continuar compartiendo tu cuenta, este mensaje se mostrará en tu dispositivo y en el de la otra persona que está usando tu cuenta de forma indefinida, afectando a tu experiencia de lectura. Puedes consultar aquí los términos y condiciones de la suscripción digital.