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A economia dos EUA cresce mais de 4%, um nível maior que o esperado

O resultado do PIB do terceiro trimestre coloca o crescimento do país no mesmo nível há dois anos

O comércio internacional contribui para o crescimento da economia dos EUA.
O comércio internacional contribui para o crescimento da economia dos EUA.EFE

As boas notícias sobre a economia dos Estados Unidos estão se acumulando. O Governo voltou a revisar nesta sexta-feira o crescimento do PIB no terceiro trimestre, que passa de um incremento no ano de 3,6% para 4,1%, seu nível mais alto nos últimos dois anos.

No início de dezembro, o resultado já se modificou de 2,8% para 3,6%. A sólida cifra de crescimento chega duas semanas depois que o desemprego se situou na menor taxa dos últimos cinco anos (caiu 0,3% em novembro, alcançando uma taxa de 7%), e a dois dias de que o Federal Reserve (Fed) anunciasse uma leve retirada de seus estímulos em massa na economia.

O bom resultado do PIB conhecido nesta sexta-feira confirma, portanto, os indícios do Fed sobre a força da recuperação da primeira economia mundial, justificada pela instituição pela a redução da intensidade de suas compras de dívida pública e hipotecária. A partir de janeiro irá adquirir 10 bilhões de dólares a menos ao mês, deixando uma fatura final em 75 bilhões de dólares.

Esta segunda e última revisão do crescimento entre julho e setembro voltou a surpreender os analistas, que esperavam que a taxa se mantivesse no patamar de 3,6% divulgado há duas semanas. A chave desta nova modificação recai sobre a o melhor comportamento das despesa das empresas e do consumo, mais do que o estimado inicialmente.

A despesa empresarial cresceu a uma taxa de 4,8% invés de 3,5%, sobretudo nos produtos de propriedade intelectual, como em software e inovação. Enquanto o consumo, que supõe mais de dois terços da economia dos EUA, se elevou 0,6%, chegando a 2%, com o aumento das despesas em bens e serviços.

Deste modo, no ano, o conjunto da demanda interna cresceu 2,3% invés de 1,8% previsto anteriormente. As exportações também se cresceram 0,2%, passando a um patamar de 3,9%.

Pese a intensa revisão do crescimento, os dados seguem concretizados em umas bases que podem resultar um tanto enganosas, pois grande parte do crescimento do PIB se baseia na acumulação em massa de estoques de produtos por parte das empresas, o que faz sugerir aos analistas que os dados do último trimestre do ano serão mais modestos.

No terceiro trimestre, as empresas norte-americanas acumularam um estoque no valor de 115 bilhões de dólares, um nível ligeiramente inferior à cifra anterior de 116 bilhões de dólares.

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