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Greve geral: cidades esvaziadas e bombas em frente à casa de Temer

Centrais sindicais paralisam atividades e realizaram protestos. Em São Paulo a Polícia Militar dispersou ato com bombas

Manifestantes se concentram no Largo da Batata, em São Paulo.
Manifestantes se concentram no Largo da Batata, em São Paulo.Ricardo Stuckert
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As imagens da greve geral pelo Brasil

A greve geral realizada esta sexta-feira contra as reformas da previdência e trabalhista propostas pelo Governo afetou grande parte dos transportes públicos (ônibus e metrô), bancos, escolas (públicas e privadas), comércio, entre outros setores de São Paulo e outras capitais. Protestos foram realizados em várias partes da capital paulista, no Rio de Janeiro, em Brasília, Porto Alegre, Fortaleza e outras cidades do país, e mobilizaram milhares de pessoas. Na capital paulista os manifestantes se concentraram no Largo da Batata, zona oeste da capital, e seguiram até a casa do presidente Michel Temer, em São Paulo. A rua do peemedebista foi isolada pela polícia, que dispersou o ato com bombas e gás de pimenta quando parte do protesto se aproximou da barreira. Alguns adeptos da tática black bloc depredaram bancos e restaurantes em retaliação. Por volta das 21h45 a manifestação se dispersou.

Veja como foi o dia de manifestações

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Em São Paulo, 36 pessoas são detidas nos protestos http://cort.as/wmKv
Mobilização no Rio frustra organizadores e termina com repressão policial http://cort.as/wmK5
Agências do Banco do Brasil e do Itaú da avenida Pedroso de Moraes, em São Paulo, foram depredadas por manifestantes. (Foto: Marina Rossi)
São Paulo - A PM soltou algumas bombas e spray de pimenta para dispersar o ato próximo à casa de Temer.
São Paulo - O ato está em frente à barreira policial montada para isolar a casa de Temer. Até o momento sem nenhum incidente.
Policiais fazem guarda em frente à casa de Temer
Os manifestantes caminham em direção à barreira da polícia em frente à casa de Temer
São Paulo - Vestindo camisa da seleção brasileira e segurando uma bandeira do país, o professor Wirmondes Corrêa Borges criticou a participação de parlamentares do PT na manifestação. Ele, que não é eleitor nem do PT nem do PSDB, afirma que "preferia que o ato não tivesse a participação deles, e sim que fosse sem políticos e apenas contra as reformad".
Manifestação em São Paulo segue para a casa do presidente Michel Temer. (Crédito: Nelson Almeida/AFP)
O presidente Michel Temer divulgou nota para falar sobre as manifestações desta sexta-feira. Leia a íntegra: "As manifestações políticas convocadas para esta sexta-feira ocorreram livremente em todo país. Houve a mais ampla garantia ao direito de expressão, mesmo nas menores aglomerações. Infelizmente, pequenos grupos bloquearam rodovias e avenidas para impedir o direito de ir e vir do cidadão, que acabou impossibilitado de chegar ao seu local de trabalho ou de transitar livremente. Fatos isolados de violência também foram registrados, como os lamentáveis e graves incidentes ocorridos no Rio de Janeiro. O governo federal reafirma seu compromisso com a democracia e com as instituições brasileiras. O trabalho em prol da modernização da legislação nacional continuará, com debate amplo e franco, realizado na arena adequada para essa discussão, que é o Congresso Nacional. De forma ordeira e obstinada, o trabalhador brasileiro luta intensamente nos últimos meses para superar a maior recessão econômica que o país já enfrentou em sua história. A esse esforço se somam todas as ações do governo, que acredita na força da unidade de nosso país para vencer a crise que herdamos e trazer o Brasil de volta aos trilhos do desenvolvimento social e do crescimento econômico."
A repórter María Martín fala ao vivo sobre o protesto e os ônibus incendiados no Rio
Ônibus em chamas no Rio de Janeiro (crédito: Ricardo Moraes/Reuters)
Cenas do protesto no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, onde ônibus foram incendiados por manifestantes no centro da cidade. (Crédito: Antonio Lacerda/EFE)
O repórter Gil Alessi informa que os senadores Lindbergh Faria (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) estão em carro de som no Largo da Batata, em São Paulo. O senador pelo Rio de Janeiro chamou o presidente Michel Temer de "um bosta" e disse que ele e a colega vão apresentar um projeto para antecipar as eleições de 2018 para outubro.
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) comenta as manifestações desta sexta-feira.

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