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Repsol faz a maior descoberta de petróleo dos últimos 30 anos nos EUA

Recursos encontrados no Alasca chegam a 1,2 bilhão de barris do petróleo cru leve

Miguel Ángel Noceda
À direita, Antonio Bufrau, ao lado do CEO, Josu Jon Imaz.
À direita, Antonio Bufrau, ao lado do CEO, Josu Jon Imaz.EFE

A petrolífera espanhola Repsol fez no Alasca a maior descoberta convencional de petróleo dos últimos 30 anos em território norte-americano, segundo informou a empresa à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) do país. A Repsol explora a região em um consórcio com a Armstrong Energy.

Os poços da descoberta (Horseshoe-1 e Horseshoe-1A), perfurados na temporada de inverno da exploração 2016-2017, se somam ao de Pikka, desenvolvido em 2014 e 2015 mas não quantificado até o momento, e ampliam em 32 quilômetros uma formação descoberta em ações de exploração anteriores na região de Nanushuk. Segundo a empresa, essa área é uma das que possuem maior potencial da bastante produtiva região do North Slope do Alasca.

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Segundo o órgão de regulação da Bolsa, a Repsol calcula que os recursos registrados a partir dos dados existentes sobre a formação de Nanushuk somem aproximadamente 1,2 bilhão de barris de cru leve. Esse número equivale a quatro anos de consumo global na Espanha. Em novembro do ano passado, a Administração dos EUA anunciou que havia encontrado uma jazida estimada em 20 bilhões de barris diários no Texas; embora, segundo fontes da empresa, isso não tenha ainda se confirmado e não apareça como tal nos rankings do setor.

A empresa, presidida por Antonio Brufau, tem participação de 25% em Korseshoe e 49% em Pikka. A Armstrong é dona do restante e também, atualmente, a operadora. Antes da descoberta em Horseshoe, a Repsol utilizou, como operadora, 13 poços de exploração e prospecção em North Slope, onde foi possível encontrar vários reservatórios na formação de Nanushuk, na região de Pikka.

A Repsol está explorando ativamente no Alasca desde 2008. Desde 2011 a empresa realizou múltiplas descobertas na zona de North Slope, na área de Armstrong. As diferentes campanhas nessa zona, que se considerava madura, demonstraram haver um significativo novo potencial. Além disso, a infraestrutura existente no Alasca permitiu a exploração dos recursos com maior eficiência.

Produção a partir de 2021

Está previsto que um porcentual significativo dos recursos identificados seja reclassificado como reserva comprovada e provável tão logo forem obtidas as licenças administrativas do projeto Nanushuk. O plano de desenvolvimento preliminar de Pikka prevê que a produção seja iniciada a partir de 2021, com um potencial ao redor de 120.000 barris de petróleo por dia. O objetivo da Repsol é alcançar nesse ano em toda sua produção 700.000 barris por dia, por isso, quando for incorporado será um acréscimo importante.

O poço Horsehoe-1, perfurado a uma profundidade total de 1.828 metros (6.000 pés), revelou uma coluna líquida de petróleo de mais de 46 metros (150 pés) em distintos reservatórios da formação Nanushuk. Por sua vez, em Horseshoe-1A, perfurado a uma profundidade total de 2.503 metros (8.215 pés), foi encontrada uma coluna líquida de petróleo de mais de 30 metros (100 pés), também em Nanushuk.

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