Detido um boxeador marroquino por abusar de duas camareiras na Vila Olímpica
Hassan Saada, de 22 anos, já está na prisão. É o segundo caso de abuso em instalações olímpicas em uma semana
![María Martín](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/https%3A%2F%2Fs3.amazonaws.com%2Farc-authors%2Fprisa%2F8acfdade-2657-47f2-94e8-d767e5d0f7bf.png?auth=2d0ef5e5d4e100fce5173f68e36da7e1792982305b830491857e0f6d56ee0649&width=100&height=100&smart=true)
![O boxeador Hassan Saada.](https://imagenes.elpais.com/resizer/v2/FIVTWG4BSOASEZF32IAWJEA5QA.jpg?auth=27ff21fd317edb6f750c65440cc1bec044863ad6e432295bcad8e911bba7f226&width=414)
O boxeador marroquino Hassan Saada, de 22 anos, foi detido nesta sexta-feira na Vila Olímpica, a poucas horas do início da cerimônia de abertura, por abusar sexualmente de duas camareiras.
A polícia afirmou que na quarta-feira o atleta olímpico chamou as duas mulheres como se precisasse de algo dentro de seu quarto e, quando entraram, passou as mãos nelas, até conseguirem fugir. Ele colocou uma delas contra a parede, pressionando-a com as coxas, e tentou beijá-la, enquanto na outra tocou nos seios e pediu que o masturbasse. No quarto havia, supostamente, outros dois atletas que não tomaram parte.
As mulheres denunciaram os fatos na delegacia e o Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio de Janeiro decretou a prisão temporária de 15 dias. A juíza responsável citou, para justificar a detenção, a possibilidade de que o boxeador reincida na agressão e possa influir nas investigações. A magistrada argumentou também que Saada não tem residência fixa no Brasil e que teme que fuja do país. A obrigação de cumprir as leis brasileiras é para "absolutamente todos", disse.
Saada responderá pelo artigo 213 do Código Penal, que contempla o uso da força para obrigar alguém à conjunção carnal ou praticar um ato libidinoso. No Brasil esse artigo se aplica para os casos de estupro, independentemente de ter sido consumado ou não o ato sexual.
O atleta tinha seu primeiro combate programado para este sábado, contra o turco Mehmet Nadir Unal, mas, por ora, tudo indica que passará o fim de semana na prisão.
Este é o segundo caso de abuso sexual nas instalações olímpicas. No domingo um vigilante de uma empresa privada contratada para garantir a segurança dentro do Parque Olímpico foi preso acusado de passar a mão debaixo do uniforme de uma bombeira. A mulher dormia depois de terminar seu turno no Velódromo Olímpico.