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AppStore bate recordes

A Apple afirma que os desenvolvedores ganharam mais de 26 bilhões de reais em 2014

Captura de tela da AppStore.
Captura de tela da AppStore.

Há sete anos não existia o serviço, hoje é uma das maiores fontes de receita para a Apple. A sua loja de aplicativos, a AppStore, tornou-se um negócio que não precisa de manutenção e está intimamente ligada a seus telefones e tablets.

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O modelo de negócio é relativamente simples. A Apple supervisiona que os programas cumpram suas normas, tanto técnicas quanto de conteúdo. Em seguida, hospeda-os em sua loja. As receitas são divididas entre Apple (30%) e criadores (70%). De acordo com os dados mais recentes da empresa divulgadas na quinta-feira pela empresa, estes últimos ganharam até agora um total de 25 bilhões de dólares (mais de 67 bilhões de reais). Só em 2014, os desenvolvedores do iOS, o sistema operacional móvel, receberam uma média de 28 milhões de dólares por dia, chegando a 10 bilhões (mais de 26 bilhões de reais). A loja de conteúdo digital conta com 1,4 milhão de programas diferentes, dos quais 725.000 estão especificamente adaptados para o tablet iPad.

O Natal foi um impulso significativo para a loja. Isso é lógico se levarmos em conta que muitos dos aparelhos foram um presente; depois que está em suas mãos, o passo seguinte é enchê-lo de aplicativos. Assim, a primeira semana do ano foi a melhor desde a abertura da loja, com um novo recorde de faturamento, asseguram em um comunicado de imprensa, com quase 500 milhões de dólares (1,3 bilhão de reais) em aplicativos e compras dentro destes.

Este novo mercado, que também tem reflexos no concorrente Android, tem incentivado a criação de novos empregos. Segundo estimativas, mais de 627 mil postos de trabalho nos EUA, dos quais 66.000 estão diretamente relacionados à Apple. Sam Shank, fundador do Hotel Tonight, uma startup em São Francisco, com mais de 150 trabalhadores, insiste em que seu negócio de reserva de hotel não teria nascido se não existisse o formato proposto pela Apple.

Durante os últimos cinco anos, os desenvolvedores apostaram primeiro no iOS e depois no Android na hora de lançar um novo aplicativo. App Annie, empresa especializada em análise de downloads, parece dar razão a eles; as receitas globais da AppStore foram 60% superiores às da Google Play, a vitrine digital de Mountain View, no terceiro trimestre de 2014.

A flutuação da moeda levou a Apple a tomar uma decisão que terá suas primeiras consequências na próxima semana. Para ajustar a taxa de câmbio entre o euro e o dólar, os preços do Velho Continente vão subir. A quantia exata não é conhecida, mas deverá se manter em 90 centavos como preço inicial. A Islândia é o único país que ficará fora desta medida. Não é a primeira vez que algo assim acontece, a última foi há duas semanas, quando o fabricante de Cupertino suspendeu as vendas online por 36 horas para se adaptar ao súbito colapso do rublo.

Simon Khalaf, presidente da Flurry, uma empresa comprada pelo Yahoo! dedicado à análise do comportamento em aplicativos, publicou um post em seu blog com uma mudança de tendência importante: os jogos não são mais a categoria principal. Compras, produtividade e envio de mensagens são agora os mais vendidos. “À medida que os celulares são cada vez mais parte da nova rotina diária, podemos usá-los para comprar, trabalhar e nos comunicar. Nos últimos anos jogávamos ou procurávamos entretenimento, 2014 foi o ano em que os aplicativos se tornaram algo sério”, escreve.

A chegada de seu relógio de pulso AppleWatch, provavelmente antes da primavera, vai dar um novo impulso à loja. Mais uma vez, repetem o modelo que foi criado com o iPhone e continuado com o iPad: oferecer um aparelho com os aplicativos básicos para que se possa personalizá-lo depois de baixar programas adicionais.

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