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Nova pesquisa eleitoral dá um alento de vitória à campanha de Dilma

Levantamento do Datafolha mostra a presidenta na frente de Aécio, mas empate permanece

Dilma durante campanha no Rio, nesta segunda.
Dilma durante campanha no Rio, nesta segunda.Silvia Izquierdo (AP)

Numa das disputas eleitorais mais emocionantes – e desgastantes para o país – dos últimos tempos, uma nova pesquisa eleitoral dá um pouco de esperança de vitória para os petistas. Um levantamento feito pelo instituto Datafolha, com 4.389 entrevistas realizadas nesta segunda-feira, mostra que a presidenta Dilma Rousseff tem 46% das intenções de votos, enquanto seu adversário tem 43% da preferência do eleitorado. Como a margem de erro de dois pontos para cima ou para baixo, o quadro ainda configura um empate técnico. A petista, porém, teria uma leve vantagem, em relação à pesquisa anterior do Datafolha, quando Aécio tinha 45% das intenções e Dilma, 46%.

Mais do que isso, a aprovação do governo da presidenta teve uma melhora. De 39% das pessoas que consideravam sua gestão boa ou ótima no último dia 9 de outubro, o porcentual avançou para 42%. Já a rejeição a Aécio, que estava em 38% passou para 40%. O número de eleitores que não votariam “de jeito nenhum” em Dilma passou de 42% para 39%, uma inversão inédita nesta campanha.

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O resultado chega quando os candidatos jogam suas últimas cartadas antes das eleições no final de semana. Depois dos dois últimos debates televisionados, esperava-se uma reação do eleitorado a favor de um ou de outro. A superexposição dos escândalos de corrupção na Petrobras e as falhas na economia pareciam favorecer Aécio. Dilma, porém, tem respondido mais aos ataques, e mudado a tática, como a de ter admitido que houve desvios na Petrobras, algo que ela não admitia publicamente.

Considerando apenas os votos válidos, ou seja, sem contar com os brancos, nulos e indecisos, o empate persiste. A margem de erro de dois pontos percentuais colocam Dilma e Aécio com as mesmas possibilidades: ela tem 52%, ele, 48%. Ainda há 6% de indecisos e cada dia está sendo vivido como uma batalha campal pelos candidatos. Com as reviravoltas na campanha, nada é definitivo e ninguém se atreve a dar um diagnóstico preciso.

Eles ainda vão se encontrar cara a cara no último debate desta sexta-feira, na rede Globo. O quadro lembra os dias que antecederam a eleição de 1989, quando o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou Fernando Collor de Mello. Às vésperas do pleito, eles se enfrentaram num debate que desestabilizou Lula pelo depoimento da mãe de sua filha Luriam, que o acusara de ter pedido para que ela fizesse um aborto. Pouco tempo depois, a notícia mostrou-se uma armação. Talvez por isso os eleitores brasileiros se mostram ‘vacinados’ contra informações de última hora nas campanhas eleitorais.

Além disso, os eleitores de um ou outro partido já têm claras as diferenças entre os dois estilos de gestão, e a decisão final vai ficando nas mãos dos eleitores flutuantes, que votam em um ou em outro.

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