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A economia dos EUA se recupera e cresce 4% no segundo trimestre

A melhora do consumo reverte a queda de 2,1% do PIB entre janeiro e março

Os dados foram bem recebidos pela bolsa de Nova York.
Os dados foram bem recebidos pela bolsa de Nova York.Jin Lee (Bloomberg)

2014 está sendo um ano de contrastes no crescimento da economia norte-americana. Enquanto no primeiro trimestre o PIB caiu bastante, no segundo a tendência foi totalmente oposta. Entre abril e junho a economia cresceu a um ritmo anualizado de 4% em relação ao trimestre anterior, segundo o primeiro dos três cálculos do Departamento de Comércio anunciado nesta quarta-feira. Além disso, o Governo voltou a revisar as cifras de crescimento econômico entre janeiro e março. A queda foi mais suave do que a anunciada anteriormente, a um ritmo de 2,1% ao invés de 2,9%.

A subida intensa do PIB no segundo trimestre – acima dos 3% prognosticados pelos analistas e fruto do impulso do consumo da primavera – dilapida de uma vez as dúvidas suscitadas pela piora dos primeiros três meses do ano, que a maioria dos analistas atribuiu aos efeitos do inusitado mal tempo na costa Leste dos Estados Unidos. Em conjunto, a primeira economia mundial cresceu 0,9% na primeira metade de 2014. Se mantiver este ritmo, o crescimento anual poderá superar os 2%. Há alguns dias, o Fundo Monetário Internacional rebaixou – de 2% para 1,7% – sua previsão de crescimento para os EUA esse ano.

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O Departamento de Comércio também revisou as cifras de crescimento do PIB desde 1999 e sobressai a melhora na segunda metade de 2013. A economia norte-americana se expandiu na época a uma taxa de 4% obtendo os melhores seis meses em dez anos.

As novas cifras chegam poucas horas antes da reunião do comitê de governo da Reserva Federal, mas é improvável que alterem o roteiro da Fed. Se espera que o organismo volte a reduzir em 10 bilhões de dólares (22 bilhões de reais) – até um total de 25 bilhões de dólares (56 bilhões de reais) – o alcance de suas compras mensais da dívida. Alguns analistas, entretanto, especulam que o crescimento econômico poderia precipitar a decisão da instituição presidida por Janet Yellen sobre quando subir os juros, que rondam os 0% desde 2008. Até agora, o consenso é que, se não houver surpresas positivas no mercado de trabalho, os juros não subirão até o próximo ano.

Em conjunto, a primeira economia mundial avançou 0,9% na primeira metade de 2014. Se mantiver este ritmo, o crescimento anual poderá superar os 2%

A inflação, medida pelo índice de preços em gastos de consumo, ficou em 2,3% entre abril e junho, comparada com o 1,4% do primeiro trimestre. Em sua política monetária, a Fed fixa um objetivo de 2%, o que faz do incremento no segundo trimestre um sinal positivo, ainda que possa reavivar o debate contínuo sobre a necessidade subir os juros previamente quando há temor de uma possível espiral de inflação.

Os dados do segundo trimestre mostram um consumo maior, que equivale a mais de dois terços da atividade econômica nos EUA e que aumentou a um ritmo de 2,5%. No primeiro trimestre havia caído 1,2%, pela redução dos gastos médicos. Como resultado, a demanda doméstica aumentou 2,8%, o maior crescimento desde o terceiro trimestre de 2011. Os crescimentos do gasto em construção, dos investimentos empresariais e dos inventários também foram notáveis.

O gasto público cresceu ligeiramente, e o único setor que foi uma barreira na reativação do segundo trimestre foi o de comércio exterior, com as importações superando as exportações. As compras no exterior cresceram 11,7%, enquanto as vendas foram de 9,5%.

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