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Os discos preferidos de Caetano Veloso

Dorival Caymmi, João Donato, Jorge Ben, Maria Bethânia, Os Paralamas do Sucesso...

Capa do disco 'Clube da Esquina'
Marina Rossi

De muitas músicas é feito o repertório de Caetano Veloso. "O pessoal do funk carioca experimenta muito. E é muito audacioso na abordagem de temas sexuais", diz, dando um exemplo do que anda ouvindo. "Por outro lado, você encontra um Thiago Amud, que tem atitude vanguardista culta e excelente tratamento técnico. Também os jovens rappers, como Criolo e Emicida, apresentam trabalho inovador e forma um vasto público", completa.

Em sua lista, Caetano elenca, além do funk, o axé music, "a música popularesca do carnaval da Bahia, que pega uma tradição que era forte no Rio dos anos 1950 e a reatualiza repetidas vezes, desde os anos 1970", explica. "Gosto de coisas que são fenômenos comerciais. E encontro espírito de busca na geração de meu filho, Moreno, e em alguns muito mais jovens. Música popular é uma forma de divertimento que sempre foi forte no Brasil".

Apesar do gosto eclético, o músico fez uma lista para o EL PAÍS dos seus discos preferidos:

Caymmi e seu violão, de Dorival Caymmi

Chega de saudade, O amor, o sorriso e a flor e João Gilberto, os três primeiros álbuns de João, que inauguraram o que se chamou de bossa nova

Ben, de Jorge Ben

Clube da Esquina, de Milton Nascimento e Lô Borges

Ou não, de Walter Franco

Brasileirinho, de Maria Bethânia

Coisas, de Moacir Santos

Quem é quem, de João Donato

Falso brilhante, de Elis Regina

Recanto, de Gal Costa

O passo do Lui, dos Paralamas do Sucesso

Cabeça dinossauro, dos Titãs

“Isso se tivermos que nos ater aos álbuns, que só aparecem depois da invenção do LP”diz. “Há discos de apenas duas canções, em 78 rotações, em que apenas uma, em geral, se tornou sucesso, e que não podem estar fora de nenhum lista: Adeus batucada, de Carmen Miranda; vários de Orlando Silva; vários de Ciro Monteiro; vários de Jackson do Pandeiro; vários de Luiz Gonzaga; a série de sambas de Noel Rosa cantados por Aracy de Almeida”

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