Wall Street recebe a nova presidenta da Fed com a maior queda desde junho
O Dow Jones começa fevereiro com perdas de 2,08% pelas dúvidas sobre a recuperação
Wall Street recebe Janet Yellen friamente. A nova presidenta da Reserva Federal fez seu juramento em uma jornada dominada pela volatilidade nos mercados financeiros globais. O Dow Jones começou o mês de fevereiro com uma queda de 2,08%, a maior desde 20 de junho, e tentou manter os 15.400 pontos na reta final do fechamento. O golpe foi maior para Nasdaq, que caiu 2,61% e perdeu 100 pontos em um dia, algo que não se via desde novembro de 2011.
O detonante desta nova saída de investidores foi o último indicador de atividade industrial dos EUA durante o mês de janeiro, que foi mais fraco do que o esperado e se somou a outros fatores que durante as últimas semanas estão gerando incerteza, como os resultados trimestrais e as turbulências nas divisas de alguns mercados emergentes. Tudo isto mostra a vulnerabilidade de uma situação complexa.
Ao mesmo tempo, é como se os investidores estivessem mandando uma mensagem a Yellen: de que deve ir com calma na hora de retirar os estímulos à economia. Na próxima semana, a presidenta da Fed apresentará sua análise sobre a conjuntura e explicará sua estratégia monetária para o Congresso. Anteriormente, Yellen deixou clara sua intenção de manter a injeção de liquidez até que os dados não mostrem que a recuperação se sustenta.
A saída dos investidores não distingue setores e é uma continuidade das quedas vistas em janeiro, o pior começo de ano desde 2010. O S&P500, o índice que agrupa as maiores corporações cotadas nos EUA, caiu cerca de 2,3%. A fraqueza nos mercados emergentes deveria tornar Wall Street um porto seguro para investir, mas a volatilidade nas divisas tem um efeito direto nos mercados de capitais, porque esta incerteza pode afetar as multinacionais.
As Bolsas europeias fecharam também com perdas. O Ibex 35 espanhol iniciou a semana prolongando as quedas no segundo dia consecutivo e caiu 1,96%. O índice, prejudicado pelas perdas nos grandes bancos, ficou a um passo de cair 9.700 pontos. Só Milão perdeu mais em uma jornada na qual as quedas se espalharam entre as principais praças da Europa. Paris, Londres e Frankfurt perderam cerca de 1,5%.
Os analistas opinam que as bolsas estão desorientadas, à espera da reunião do Banco Central Europeu, na quinta-feira, e o dado sobre emprego dos EUA, na sexta-feira.
As quedas dos três índices de referência em Wall Street lembram muito às de agosto, quando a Fed já havia antecipado sua intenção de começar a cortar os estímulos. O dado de emprego de janeiro, que se publica na sexta-feira, deveria servir para esclarecer o real estado da economia. Mas, perante as dúvidas, e depois do Dow Jones e S&P 500 terem alcançado máximos há exatamente um mês, muitos investidores preferem fazer caixa.
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