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Triunfo vence leilão de rodovias com deságio de 52%

Empresa deve investir cerca de 7 bilhões de reais nas estradas que passam por 47 municípios do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais

Carla Jiménez

Uma semana depois de leiloar a rodovia BR 163, no Mato Grosso, o Governo conseguiu passar à iniciativa privada a execução de obras em trechos de três outras rodovias: 630 quilômetros da BR 060 e BR 153, e 546 quilômetros da BR 262, que passam por 47 municípios em três unidades da federação: Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. A vencedora foi a empresa Triunfo Participações e Investimentos, que ofereceu um deságio de 52% sobre o valor da tarifa de pedágio estabelecida pelo governo.

Os trechos foram disputados por outro quatro grupos: Consórcio Rodovias Federais, da empresa Queiroz Galvão, o Consórcio Via Capital, com participação da Ecorodovias; a Invepar e a Companhia de Participações em Concessões. A Triunfo ofereceu a tarifa mais barata, de 2,85 reais a cada 100 quilômetros.

Ao todo, a concessão, válida por 30 anos, prevê a duplicação e a manutenção dessas estradas. A estimativa da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) é que sejam investidos cerca de 7 bilhões de reais nesse período. A cobrança de pedágio poderia render até 23 bilhões de reais para a Triunfo, durante a vigência do contrato.

Este é o terceiro leilão de rodovias do ano. Em setembro, foi licitada a BR-050, entre Goiás e Minas Gerais, vendido para o consórcio Planalto com deságio de 42,38%. Nesse mesmo dia, fracassou a licitação da BR-262, entre Espírito Santo e Minas Gerais, por falta de propostas. Na semana passada, foi a vez da BR-163, em Mato Grosso, muito importante para o agronegócio brasileiro. A rodovia foi arrematada pelo grupo Odebrecht, com deságio de 52,03%.

Para o próximo dia 17, o Governo deve colocar em disputa mais um trecho da BR-163, no estado do Mato Grosso do Sul. Há, ainda, um outro trecho que pode ser licitado ainda este ano, da BR-040, que liga Juiz de Fora, em Minas Gerais, a Brasília, mas ele está na dependência da análise do Tribunal de Contas da União. Novas concessões podem acontecer no ano que vem. “Continuaremos identificando trechos de eixos rodoviários, e programas para integração logística”, disse o ministro dos Transportes, César Borges.

O Governo, entretanto, deve enfatizar os leilões de ferrovias em 2014. “Vamos perseguir projetos que ofereçam mais competitividade ao agronegócios”, disse.

Fundada em 1999, a Triunfo, que saiu vencedora do leilão de hoje, tem participação em diversos negócios de infraestrutura. No ano passado, integrou o consórcio que arrematou a concessão do aeroporto de Viracopos, na cidade de Campinas, no estado de São Paulo. A companhia também atua na área de geração de energia, portos e rodovias.

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