11 fotosSpencer Tunick, o fotógrafo que desnuda o mundoO Centro Niemeyer dedica uma retrospectiva ao autor americano, conhecido por retratar por todo o mundo várias pessoas sem roupaManuel MoralesMadri - 05 out. 2018 - 11:05BRTWhatsappFacebookTwitterLinkedinBlueskyLink de cópiaConhecido por suas fotografias de grupos de pessoas nus em diferentes cidades, o norte-americano Spencer Tunick é o protagonista de uma retrospectiva no Centro Niemeyer (Avilés). Tunick começou com este tipo de imagens em 1992. Na imagem, 'America Zone 5', uma das imagens da exposição 'Nus'. Tunick organizou quase uma centena de montagens deste tipo.Spencer TunickBasilea (Suíça) foi um dos palcos escolhidos por Tunick para suas montagens.Spencer TunickTunick recebeu encomendas de diferentes centros para organizar suas instalações com corpos nus, Como, por exemplo, da Bienal de São Paulo, em 2002; do Institut de Cultura barcelonês (2003) e do Museu de Arte Moderno de Bogotá. Na imagem, 'America Zone 10'.Spencer TunickEm declarações ao EL PAÍS, Tunick afirmou ser "fã da arte abstrata", "das pinturas de Ellsworth Kelly e Mark Rothko e da arte 'performativa' de Yayoi Kusama e Carolee Schneemann". A partir destas influências, tenta canalizar em suas obras "o espírito dos trabalhos deles".Spencer Tunick'Naked States', fotografia tomada com o fundo de New Jersey. "No meu trabalho trato de usar o corpo nu em massa como uma abstração e as ruas como minha tela", diz Tunick. "Contemplar pessoas reunidas em uma obra íntima é algo maravilhoso".Spencer Tunick'Nude Adrift' é o título desta fotografia tirada em Buenos Aires (Argentina), um dos países onde trabalhou Tunick. Confessa que gostaria de poder organizar uma foto de grupo na Ásia porque nunca o fez, e avisa de que "há possibilidade" de que trabalhe neste ano em Valência.Spencer TunickTunick, que já organizou suas características imagens em Barcelona e em San Sebastián, afirma que admira "a energia colaborativa dos espanhóis" em sua obra. "São tão fortes e apaixonados sobre a a nudez na arte e sua capacidade para transformar e curar".Spencer Tunick (Centro Niemeyer)O fotógrafo, nascido em Nova York, em 1967, fez algumas de suas fotos por diferentes causas, como a proteção ao meio ambiente, em um glaciar na Suíça e nos vinhedos de Borgoña na França. "Também fiz uma ação para protestar contra a retórica do partido republicano dos EUA que ia contra as mulheres e os imigrantes".Spencer TunickUma bela imagem da ponte do Brooklyn, em Nova York, neste caso em preto e branco.Spencer Tunick (Centro Niemeyer)Foto tirada em Tóquio (Japão). Tunick publica suas obras nas redes sociais, mas o puritanismo destes meios o obriga "pixelar todos os órgãos sexuais para postar no Instagram". "Se você olha detalhadamente, verá que tenho 'pixelado' milhares de pênis e vaginas. É uma forma muito interessante de passar o dia", caçoa o autor. "O seio feminino deveria poder ser mostrado com liberdade no Instagram e no Facebook. Acho que é muito triste que não seja assim...".Spencer TunickOutra das imagens da exposição realizadas em Nova York. O Centro Niemeyer acolhe "sete obras extra-grandes e 40 mais pequenas sem sensação de abarrotamento", destaca Tunick.Spencer Tunick