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Uma corrente artística global pelo meio ambiente

Mobilização ‘Art for Rise’ vai reunir trabalhos de artistas do mundo todo para pressionar autoridades antes da Cúpula Global de Ação Climática que acontece na Califórnia de 12 a 14 de setembro

  • Uma mobilização global por compromissos mais ambiciosos contra a destruição do meio ambiente está na mira de organização 350.org e de parceiros para pressionar lideranças globais antes da a Cúpula Global de Ação Climática (Global Climate Action Summit), que vai acontecer na Califórnia entre os dias 12 e 14 de setembro. rnO grupo está organizando uma série de ações coordenadas que serão distribuídas em diversas cidades do mundo.  No fim de semana antes do evento, marchas, bicicletadas e artivismo (grafites, projeções, exibição de filmes, etc) vão compor a ação que recebeu o nome de ‘Una-se pelo Clima’ (ou ‘Rise for Climate’). rnDentro das ações está o projeto ‘Art for Rise’, no qual um artista de cada continente vai produzir imagens a serem utilizadas pelos grupos locais de diferentes maneiras, online e offline. Veja nas imagens a seguir os trabalhos de alguns desses artistas. O grafiteiro brasileiro Mundano vai representar a América Latina rn
    1Uma mobilização global por compromissos mais ambiciosos contra a destruição do meio ambiente está na mira de organização 350.org e de parceiros para pressionar lideranças globais antes da a Cúpula Global de Ação Climática (Global Climate Action Summit), que vai acontecer na Califórnia entre os dias 12 e 14 de setembro. O grupo está organizando uma série de ações coordenadas que serão distribuídas em diversas cidades do mundo. No fim de semana antes do evento, marchas, bicicletadas e artivismo (grafites, projeções, exibição de filmes, etc) vão compor a ação que recebeu o nome de ‘Una-se pelo Clima’ (ou ‘Rise for Climate’). Dentro das ações está o projeto ‘Art for Rise’, no qual um artista de cada continente vai produzir imagens a serem utilizadas pelos grupos locais de diferentes maneiras, online e offline. Veja nas imagens a seguir os trabalhos de alguns desses artistas. O grafiteiro brasileiro Mundano vai representar a América Latina
  • Mundano é um grafiteiro e artista urbano de São Paulo. Em 2007, começou a usar seus traços talentosos para pintar carroças usadas na coleta de lixo reciclável. Ele tem no centro de seu trabalho a questão socioambiental, tendo retratado o acidente com o Rio Doce, em Mariana, em diversas peças. rnNas palavras do artista: “Essa ilustração foi criada inspirada em uma experiência brutal que eu tive na minha cidade natal, São Paulo, em 2014, durante nossa pior crise hídrica do último século. Nesse mesmo ano fiz uma viagem a Califórnia, e infelizmente a situação de seca extrema era a mesma. Eu pude caminhar sobre o leito seco dos rios, e a cada passo que dava ia entendendo a gravidade e urgência da situação. Cactos são plantas que podem resistir muito tempo sem água, então eu resolvi plantar um cacto em uma das maiores represas de São Paulo (Cantareira), que estava totalmente seca, já na Califórnia, criei uma réplica de um cacto a partir de canos reutilizados, e instalei direto no solo. Água é um direito humano universal que tem sido negado a muitas pessoas pela indústria, que controla e lucra com os recursos naturais enquanto eles mesmos aceleram o processo de mudança climática. Fontes renováveis de energia são uma demanda legítima e uma maneira de nos aproximarmos de uma sociedade livre de combustíveis fósseis.”rn
    2Mundano é um grafiteiro e artista urbano de São Paulo. Em 2007, começou a usar seus traços talentosos para pintar carroças usadas na coleta de lixo reciclável. Ele tem no centro de seu trabalho a questão socioambiental, tendo retratado o acidente com o Rio Doce, em Mariana, em diversas peças. Nas palavras do artista: “Essa ilustração foi criada inspirada em uma experiência brutal que eu tive na minha cidade natal, São Paulo, em 2014, durante nossa pior crise hídrica do último século. Nesse mesmo ano fiz uma viagem a Califórnia, e infelizmente a situação de seca extrema era a mesma. Eu pude caminhar sobre o leito seco dos rios, e a cada passo que dava ia entendendo a gravidade e urgência da situação. Cactos são plantas que podem resistir muito tempo sem água, então eu resolvi plantar um cacto em uma das maiores represas de São Paulo (Cantareira), que estava totalmente seca, já na Califórnia, criei uma réplica de um cacto a partir de canos reutilizados, e instalei direto no solo. Água é um direito humano universal que tem sido negado a muitas pessoas pela indústria, que controla e lucra com os recursos naturais enquanto eles mesmos aceleram o processo de mudança climática. Fontes renováveis de energia são uma demanda legítima e uma maneira de nos aproximarmos de uma sociedade livre de combustíveis fósseis.”
  • ONGs, grupos locais, artistas e ativistas de todos os cantos do mundo podem participar do dia de mobilização global, organizando suas próprias atividades em defesa do clima
    3ONGs, grupos locais, artistas e ativistas de todos os cantos do mundo podem participar do dia de mobilização global, organizando suas próprias atividades em defesa do clima
  • Balyejusa é um poeta e cineasta nascido em Uganda. Ele já trabalhou em vários projetos da Eco Conservation, incluindo os ensaios fotográficos #Sign4Climate (com a Miss Turismo Uganda 2015) e #TenGreenChoices (com o movimento Girls For Climate, em Kampala, capital de Uganda). rnNas palavras do artista: “Essa imagem é uma oportunidade que encontrei para expor o perigo que os combustíveis fósseis oferecem à agricultura de nossa sociedade. Mary Linus Naddunga, que aparece no pôster, é integrante do Girls For Climate e uma entusiasta da natureza e da agricultura. Ela representa as centenas de mulheres africanas cuja produção agrícola foi comprometida pelas constantes mudanças climáticas. Espero que essa imagem reflita o estado da poluição provocada pelos combustíveis fósseis no continente e o dilema das agricultoras e agricultores africanos”rn
    4Balyejusa é um poeta e cineasta nascido em Uganda. Ele já trabalhou em vários projetos da Eco Conservation, incluindo os ensaios fotográficos #Sign4Climate (com a Miss Turismo Uganda 2015) e #TenGreenChoices (com o movimento Girls For Climate, em Kampala, capital de Uganda). Nas palavras do artista: “Essa imagem é uma oportunidade que encontrei para expor o perigo que os combustíveis fósseis oferecem à agricultura de nossa sociedade. Mary Linus Naddunga, que aparece no pôster, é integrante do Girls For Climate e uma entusiasta da natureza e da agricultura. Ela representa as centenas de mulheres africanas cuja produção agrícola foi comprometida pelas constantes mudanças climáticas. Espero que essa imagem reflita o estado da poluição provocada pelos combustíveis fósseis no continente e o dilema das agricultoras e agricultores africanos”
  • Designer gráfico do sudoeste colombiano, John Cortés formou-se pela Universidade de Nariño em 2007. Ele trabalha como freelancer para entidades governamentais e privadas, como o ACNUR, a AECID e os Ministérios da Educação e Cultura da Colômbia. Nas palavras do artista: “Os pássaros se elevam, abrem suas asas para contemplar, alcançar e renascer. Seu vôo não termina, sempre existiu. A vibração da terra os sustenta e suas vibrações movem tudo. O vôo de um pássaro limpa o caminho do sol. A natureza é autossustentável, seus processos, suas mudanças são realizados em harmonia. Talvez seja hora de aprender com isso. Aprender a voar livremente e a mover-nos cheios de cor e não obscurecendo a vida.”
    5Designer gráfico do sudoeste colombiano, John Cortés formou-se pela Universidade de Nariño em 2007. Ele trabalha como freelancer para entidades governamentais e privadas, como o ACNUR, a AECID e os Ministérios da Educação e Cultura da Colômbia. Nas palavras do artista: “Os pássaros se elevam, abrem suas asas para contemplar, alcançar e renascer. Seu vôo não termina, sempre existiu. A vibração da terra os sustenta e suas vibrações movem tudo. O vôo de um pássaro limpa o caminho do sol. A natureza é autossustentável, seus processos, suas mudanças são realizados em harmonia. Talvez seja hora de aprender com isso. Aprender a voar livremente e a mover-nos cheios de cor e não obscurecendo a vida.”
  • Com ancestrais da comunidade Mânitow Sâkahikan, Christi Belcourt é uma artista visual michif (etnia nativa do atual território canadense, também conhecida como métis), que vive no lago Huron. Sua produção costuma celebrar as belezas naturais do planeta, respeitando as tradições e o conhecimento de seu povo. Belcourt já recebeu o prêmio Aboriginal Arts Laureate (2014), do Ontario Arts Council, e foi indicada ao prêmio Premier (2015 e 2016). rnNas palavras da artista: “Nenhum dinheiro compra de volta o rio de uma comunidade. Nenhum dinheiro compra o mar de volta. O gasoduto Trans Mountain não pode ser construído. Porque amamos os rios. Porque amamos o mar. Porque amamos esta terra sagrada. Tudo que faço em minha vida é guiado pelo meu amor e por minha reverência a esta terra. As leis sagradas deste mundo são o respeito e a reciprocidade. Quando paramos de segui-las, nós como espécie estamos em desequilíbrio em relação ao resto do mundo.”rn
    6Com ancestrais da comunidade Mânitow Sâkahikan, Christi Belcourt é uma artista visual michif (etnia nativa do atual território canadense, também conhecida como métis), que vive no lago Huron. Sua produção costuma celebrar as belezas naturais do planeta, respeitando as tradições e o conhecimento de seu povo. Belcourt já recebeu o prêmio Aboriginal Arts Laureate (2014), do Ontario Arts Council, e foi indicada ao prêmio Premier (2015 e 2016). Nas palavras da artista: “Nenhum dinheiro compra de volta o rio de uma comunidade. Nenhum dinheiro compra o mar de volta. O gasoduto Trans Mountain não pode ser construído. Porque amamos os rios. Porque amamos o mar. Porque amamos esta terra sagrada. Tudo que faço em minha vida é guiado pelo meu amor e por minha reverência a esta terra. As leis sagradas deste mundo são o respeito e a reciprocidade. Quando paramos de segui-las, nós como espécie estamos em desequilíbrio em relação ao resto do mundo.”
  • Acampamento de Liderança Climática do Vietnã 2018, realizado em um parque eólico, onde foram treinados 30 jovens lideranças de todo o país
    7Acampamento de Liderança Climática do Vietnã 2018, realizado em um parque eólico, onde foram treinados 30 jovens lideranças de todo o país
  • A 350.org nas Filipinas realizou uma grande marcha para expor as três maiores empresas de carvão, que impedem o país de modernizar sua infraestrutura elétrica e de responder ao desafio global de combate às mudanças climáticas
    8A 350.org nas Filipinas realizou uma grande marcha para expor as três maiores empresas de carvão, que impedem o país de modernizar sua infraestrutura elétrica e de responder ao desafio global de combate às mudanças climáticas
  • Ainda na marcha de Manila, Filipinas, os manifestantes usaram vestidos com fantasias de dinossauros T-Rex, os ativistas parodiaram a D.M. A Consunji, Inc., a SMC Global Power Holdings Corporation e a Meralco Powergen, que continuam vendendo combustíveis fósseis datados como o carvão
    9Ainda na marcha de Manila, Filipinas, os manifestantes usaram vestidos com fantasias de dinossauros T-Rex, os ativistas parodiaram a D.M. A Consunji, Inc., a SMC Global Power Holdings Corporation e a Meralco Powergen, que continuam vendendo combustíveis fósseis datados como o carvão
  • Arte de rua em São Francisco e Marcha de Mulheres pelo Clima – Mobilização pelo Clima, trabalho e Justiça. Fotos: David Solnit
    10Arte de rua em São Francisco e Marcha de Mulheres pelo Clima – Mobilização pelo Clima, trabalho e Justiça. Fotos: David Solnit